Economia

Desde a frustração com o pré-sal, o real só não caiu mais que o peso chileno

19 nov 2019, 14:05 - atualizado em 19 nov 2019, 14:05
Se o real tiver um desempenho pior do que os seus pares por larga margem, o Banco Central poderá ficar “mais ativo“ (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

O dólar se mantém perto das suas máximas históricas, fazendo do real a moeda com 2º pior desempenho entre 24 principais divisas emergentes desde 6 de novembro, quando o leilão da cessão onerosa de petróleo, com baixa participação estrangeira, frustrou a expectativa do mercado de um fluxo cambial positivo no final do ano.

Apenas o peso chileno, que desabou no período com os protestos no país, perdeu mais que o real.

Ao retomar o nível superior a R$ 4,20, o câmbio gerou entre alguns operadores a expectativa de que o Banco Central possa atuar caso a moeda tenha volatilidade excessiva e o mercado se mostre disfuncional.

Em 27 de agosto, o Banco Central surpreendeu com um leilão de venda de dólares à vista, sem a contrapartida do swap reverso, quando a moeda estava em nível pouco abaixo do atual.

Nesta terça-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que, se o câmbio começar a afetar a expectativa de inflação, o BC terá de fazer uma “atuação diferente”. Alguns analistas entenderam que ação do BC poderá ocorrer na política monetária e não necessariamente no câmbio.

Se o real tiver um desempenho pior do que os seus pares por larga margem, o Banco Central poderá ficar “mais ativo“, diz Danny Fang, estrategista para mercados emergentes do BBVA.

“O fato de o peso chileno estar se saindo muito pior certamente reduz as chances de um envolvimento significativo do BC brasileiro neste momento.”

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