Desconto sob desconto: Nova Iguatemi chega ao mercado 8% mais barata
Quem acompanha o mercado financeiro desde o “coronacrash” sabe que, indiscutivelmente, as ações do setor de shoppings centers estão bastante penalizadas, apesar da pandemia de Covid-19 começar a dar os primeiros sinais de controle, com uma parcela de vacinados cada vez maior no Brasil.
Portanto, não é de se admirar que aqui e acolá analistas têm recomendado a compra de papéis de operadoras de shoppings brasileiras dado o desconto. Mais ainda tem mais desconto, com uma nova empresa à caminho.
A reorganização societária da Iguatemi (IGTA3), já aprovada por seus acionistas, prevê a incorporação dos papéis pela controladora Jereissati Participações (JPSA3) que, por sua vez, visa criar a Iguatemi S.A.
“O número de ações após a venda da Iguatemi S.A. (IGTI3; IGTI4; IGTI11) indica um valor de mercado 8% menor do que o valor atual da Iguatemi. Quando multiplicamos o novo número de ações pelo preço atual das papéis da Jereissati, estimamos que a nova companhia começará a ser negociado com um valor de mercado 8% inferior ao da Iguatemi”, revelam Bruno Mendonça, do Bradesco BBI, e Wellington Lourenço, da Ágora Investimentos.
Ainda de acordo com o relatório enviado a clientes, e ao qual o Money Times teve acesso, ao utilizar o novo valor de mercado da Iguatemi, o Preço sobre Fundos de Operações (P/FFO) estimado para 2022 pós-acordo Iguatemi cai para 13,7 vezes (de 14,9 vezes e comparado ao consenso da Bloomberg em 17, vezes), o que coloca a Iguatemi com um desconto de 16% para o Multiplan (MULT3) (16,3 vezes).
“Vemos nossa primeira escolha Aliansce Sonae (ALSO3) negociando a 11,5 vezes P/FFO estimado para 2022″, destacam ambos especialistas.
Os dois analistas também elogiam a estruturada aprovada que dá mais flexibilidade e poder de fogo financeiro necessário para fazer movimentos estratégicos e manter a empresa em um caminho de crescimento sustentável.
Varejo: qual setor deve se destacar no 2° semestre?
Com a reabertura econômica e a antecipação da vacinação contra o Covid-19 em diversas cidades, os próximos seis meses devem ser decisivos para a volta da confiança do consumidor, incentivando cada vez mais o crescimento dos setores de varejo.
O analista da Empiricus, Max Bohm, avaliou alguns aspectos que devem ser positivos para o semestre e apontou o principal setor para investir com a retomada, além das principais ações para apostar no período.