Desafios não acabaram para Marisa, avalia BTG
A Lojas Marisa (AMAR3) apresentou mais um balanço fraco, com os números ainda refletindo os impactos da pandemia de covid-19. No terceiro trimestre do ano, a companhia agravou o prejuízo líquido registrado no mesmo período de 2o19. O valor negativo passou de R$ 75,9 milhões para R$ 124 milhões.
A receita líquida mostrou queda de 22,5%, tendo o valor atingido R$ 540 milhões. Já o Ebitda, que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ficou negativo em R$ 10 milhões.
O destaque positivo do trimestre foi o e-commerce da varejista, que viu as vendas nas plataformas digitais saltarem 115,6%.
Apesar do desempenho da companhia ter deixado a desejar, analistas do BTG Pactual (BPAC11) destacaram que é possível enxergar melhorias nos indicadores sob comparação trimestral. Mesmo assim, o cenário continuará altamente desafiador para a Marisa.
“Embora o terceiro trimestre tenha mostrado uma performance melhor em relação ao segundo trimestre para a Marisa, os números ainda foram fracos, como esperado”, comentaram Luiz Guanais e Gabriel Savi, em relatório divulgado pela banco na segunda-feira.
O BTG projeta uma recuperação gradual para a companhia nos próximos anos. Por ora, a Marisa deve seguir impactada pela queda do tráfego nas lojas, pelo aumento das taxas de desemprego e pela menor intenção de compra das famílias.
Considerando todos esses fatores, os analistas mantiveram a recomendação neutra para a ação, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 10.