Desafios da PETR4, perdas do MGLU3 e outros destaques desta quarta (17)
Os desafios da nova política de preços da Petrobras (PETR3; PETR4) e as perdas de valor de mercado do Magazine Luiza (MGLU3) são alguns dos destaques corporativos desta quarta-feira (17).
Os especialistas acreditam que a nova estratégia comercial da petroleira será mesmo testada quando os preços dispararem e houver pressão política por controle inflacionário.
A Petrobras anunciou que a nova estratégia deixa de seguir o preço de paridade de importação de combustíveis. Além disso, a empresa cortou preços de gasolina, diesel e gás de cozinha.
“Quando o mercado está em baixa, o preço está arrefecido e petróleo comportado, é tudo céu de brigadeiro… depois que o preço começa a subir como é que fica?”, questionou o especialista da consultoria CBIE, Pedro Rodrigues à agência Reuters.
Rodrigues pontua que a Petrobras, como agende dominante, precisa importar para atender a demanda interna e poderá incorrer em prejuízos, caso não repasse os custos futuramente.
MGLU3
O Magazine Luiza (MGLU3) perdeu R$ 6,6 bilhões em valor de mercado na véspera, com o tombo de 22,83% na ação, segundo dados do TradeMap. O valor equivale a duas Via (VIIA3), que hoje vale R$ 3,4 bilhões.
O movimento aconteceu após a varejista divulgar prejuízo de R$ 390 milhões no 1T23, mais que o dobro do ano passado e o pior número desde que realizou o seu IPO (oferta pública de ações) em 2011.
Para analistas do mercado, o cenário econômico continua sendo a grande pedra no sapato da varejista.
LIGT3
A Light (LIGT3) informou ao mercado na véspera que a companhia e suas subsidiárias tiveram suas classificações de risco de crédito alteradas pela Moody’s Investors Service e retiradas pela Moody’s Brasil.
A Moody’s Global rebaixou as suas classificações de ‘Caa3’ para ‘Ca’ na escala global, com perspectiva negativa. Já a Moody’s Brasil anunciou a retiradas dos ratings das companhias Light.
3G Capital
A 3G Capital, do trio Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcell Teles, e a gigante de alimentos, Kraft Heinz, fecharam acordo de U$ 450 milhões (R$ 2,2 bilhões) para encerrar ação coletiva nos Estados Unidos.
O processo acusava a companhia e sua acionista de referência, a 3G, de informarem ao mercado dados que não correspondiam com a realidade financeira da Kraft Heinz, bem como não evidenciavam os impactos gerados pela implementação da estratégia de redução de custos após processo de fusão.
LOGG3
A Log Commercial Properties (LOGG3) levantou R$ 165 milhões com a venda de ativos para o fundo imobiliário Golgi.
Segundo comunicado da empresa ao mercado, os ativos estão localizados em Gravataí e São José dos Pinhais, no Paraná. Ao todo, a ABL (área bruta locável) soma 70 mil metros quadrados e e margem bruta de 31%. A empresa diz ainda que segue a estratégia de reciclagem de parte do portfólio com o objetivo de reduzir a alavancagem e continuar o crescimento.