Economia

Desaceleração do IPCA não se confirma, explica economista da RB Investimentos

08 out 2021, 10:19 - atualizado em 08 out 2021, 10:52

Apesar de o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ter subido 1,16% em setembro, abaixo da expectativa do mercado que esperava alta de 1,25%, a disparada foi a maior para o mês desde 1994, conforme divulgação na manhã desta sexta-feira (08).

É preocupante, segundo Gustavo Cruz, economista e estrategista da RB Investimentos, que em 12 meses o indicador já acumule alta de 10,25%.

“Aquele cenário que a gente traçava no começo do ano de que o IPCA seria forte até metade e iria desacelerar no 2° semestre, não está se concretizando. Boa parte da alta já estava precificada pela Bolsa de Valores, desde que a energia elétrica puxou os preços, agora a pressão do botijão de gás e dos combustíveis também passa a corroer em cheio o orçamento familiar”, destaca o especialista ao Money Times.

Nos últimos 12 meses, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatísticas), a alta da gasolina já chega a 39%, enquanto que o etanol já ultrapassa 64%, o que impacta diversos itens avaliados pelo IPCA , explica Cruz, já que mais de 60% da movimentação de mercadorias no Brasil é feita pelo transporte rodoviário.

Paralelamente, a explosão dos preços dos combustíveis, neste ano, complicou ainda mais a vida de quem pensa em comprar um carro zero. Afinal, além dos juros altos, que oneram o financiamento, é preciso considerar a despesa, toda vez que parar em um posto para reabastecer

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