Desaceleração da inflação no Reino Unido alivia pressão sobre BC
A inflação britânica caiu mais do que o esperado em janeiro e houve sinais de arrefecimento da pressão dos preços em partes da economia observadas de perto pelo Banco da Inglaterra, somando-se aos sinais de que novas altas pesadas nos juros são improváveis.
A inflação anual de preços ao consumidor caiu para 10,1% no mês passado, o nível mais baixo desde setembro, informou o Escritório de Estatísticas Nacionais nesta quarta-feira.
Economistas consultados pela Reuters previam que a taxa anual de inflação cairia para 10,3% em janeiro, afastando-se ainda mais da máxima de 41 anos de 11,1% em outubro, mas continuando a pressionar o custo de vida das famílias.
Apesar da queda, a inflação continua mais alta do que nos Estados Unidos ou na zona do euro, e muitos analistas acreditam que ela continuará elevada como resultado da aguda escassez de mão de obra no Reino Unido e outras restrições à economia, como o Brexit.
O núcleo da inflação britânica, que exclui energia, alimentos, álcool e tabaco, caiu para 5,8% em janeiro, ante 6,3% em dezembro.
A libra caiu em relação ao dólar e ao euro após os dados.
Os preços dos títulos do governo britânico subiram de forma acentuada com os investidores descartando a chance de que o banco central precise aumentar os juros em março em mais 0,5 ponto percentual.
A maioria espera um aumento de 0,25 ponto percentual no próximo mês.
Neste mês, o Banco da Inglaterra disse que viu sinais de que o aumento nos preços ao consumidor havia superado uma etapa e sugeriu que estava perto de encerrar sua série de altas nos juros.
Os preços dos serviços, que também estão no centro das atenções do banco, desaceleraram em janeiro, subindo 6% ao ano, ante 6,8% em dezembro.