Desaceleração da China acende alerta na Suzano, mas e a ação?
A China é a principal compradora de celulose da Suzano (SUZB3) no mundo, mas se a economia não vai muito bem no outro lado do planeta, o mercado de papel & celulose fica ainda mais pressionado, com investidores se questionando se ação da companhia brasileira ainda vale a pena.
Analistas do BTG Pactual (BPAC11), em relatório obtido pelo Agro Times, explicam que incertezas na China provocam uma maior volatilidade aos mercados, mas que no caso da Suzano, a Europa tem ajudado a manter o preço da commodity no patamar de USS$ 780 por tonelada.
Ainda assim, o mercado chinês é mais soberano e tem muitos gargalos a resolver: crise energética, logística enrijecida e desaceleração econômica. “Não vemos nova demanda significativa à Suzano até o final de 2021”, destacam Leonardo Correa e Caio Greiner, que assinam a recomendação.
A Suzano não deve ser capaz de evitar o aumento dos custos de produção nesta reta final de ano, como previsto antes, com gasto maior orçado em até 5% diante da inflação das commodities, como químicos e diesel; além de em torno de 15% dos custos básicos da Suzano serem cotados em dólar, o que por um lado é positivo à empresa, a desvalorização do real deve afetar os custos negativamente.
Com tudo posto, ainda assim o BTG vê valor às ações da Suzano, com recomendação de compra e preço-alvo a R$ 92 por papel em 12 meses.
Em quais ações apostar com a queda das commodities agrícolas?
A queda das commodities está prevista pelos analistas para acontecer nos próximos meses, o que deve causar uma forte reorganização nos ativos das carteiras de diversos investidores.
Mas em quais ações você deve apostar nesse cenário?