Derrocada da Petrobras pode piorar conforme endividamento disparar
Mesmo após o derretimento de 21% das ações da Petrobras na véspera (22), a Ativa alerta que o buraco que se apresenta pode ser bem mais em baixo, após o Planalto indicar o general Joaquim Silva e Luna ao comando da petroleira.
A mudança na tese de investimento da corretora foi brutal, partindo de uma anterior recomendação de compra para a venda dos papéis da Petrobras (PETR3; PETR4) diante do risco operacional, financeiro e de governança corporativa.
“Apesar de observarmos Petrobras mais fortalecida hoje que no passado recente, os presentes acontecimentos invalidam os principais fundamentos de nossa tese de investimento anterior, que tinha na desalavancagem, promovida a partir do sucesso do plano de desinvestimentos“, justifica o analista Ilan Arbetman, que assina o relatório a clientes.
A troca, que ainda precisa ser aprovada pelo conselho de administração da estatal, foi recebida pelos investidores como uma clara interferência política na companhia.
O presidente Jair Bolsonaro e o atual CEO da Petrobras, Roberto Castello Branco, entram em rota de colisão por discordarem da política de preços da Petrobras.
Pela natureza da mudança ocorrida, a companhia possivelmente promoverá alguma troca na sua política de paridade internacional, alerta a corretora. Dado os momentos atuais do petróleo tipo Brent e do câmbio, é possível que a nova estratégia a faça incorrer em perdas.
“Ainda que a estatal tenha recentemente informado a alteração na fórmula de paridade internacional de preços de trimestral para anual, nosso modelo considerava a manutenção desta diretriz, o que, assim como os demais predicados da tese, tornou-se incerto diante da recente sinalização”, conclui o analista.
Veja a seguir a recomendação da Ativa:
Empresa | Ticker | Recomendação | Preço-alvo (R$) | Valorização (%) |
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Petrobras | PETR4 | Venda | 20 | -6,8 |