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Derrapada de FedEx piora clima em Wall Street, que fecha terceira semana no vermelho

16 set 2022, 18:15 - atualizado em 16 set 2022, 18:15
Mercados globais
Wall Street mergulha em pessimismo, uma semana antes de anúncio de política monetária (Imagem: REUTERS/Andrew Kelly)

Os índices acionários de Nova York fecharam a sexta-feira (15) em queda, com a possibilidade de um aperto monetário de maior magnitude espremendo as ações mais uma vez.

Ao fim do pregão, o Dow Jones perdeu 0,45%, o S&P 500 caiu 0,72% e o Nasdaq recuou 0,90%.

Pessimismo profundo em Wall Street

Com os resultados da sessão, Wall Street arrematou uma semana de perdas significativas, que se iniciaram com a divulgação do indicador de inflação ao consumidor de agosto.

O aumento de 0,1% no CPI gerou uma onda de pânico entre investidores que será difícil de ser aplacada: os bancos mais pessimistas que compõem o Fed Funds já projetam taxas terminais de juros em 5%, um patamar visto pela última vez há 15 anos.

Falando em 15 anos, este também foi o último período em que os rendimentos das Treasuries de 2 anos estiveram acima dos 3,8%. Já as T-notes de 10 anos, títulos considerados de longo-prazo, apresentam rendimentos de 3,454%, de  3,455% na véspera.

O aumento dos rendimentos dos títulos é péssima notícia para os mercados acionários, à medida que estimula a migração de investidores em posições de risco para esta classe de títulos, considerada mais segura.

Se esta é uma questão que envolve a confiança de investidores sobre a economia americana, o movimento recente mostra que ela esta criticamente baixa.

Efeito dominó: queda da FedEx é ruim para Wall Street e também para investidor do Ibovespa

Anunciando queda de centenas de milhões de dólares em receita e a suspensão da previsões financeiras para o presente ano fiscal, a FedEx (FDX) liderou as quedas no pregão do dia, com a ação da empresa perdendo 21% de seu preço.

O desempenho da ação da companhia de logística fez o sub-índice de transportadores do Dow Jones cair a mínimas registradas em junho, o pior número em 16 meses.

O fato preocupa, pois, uma vez que o setor de transportes se torna mais deteriorado, menor é a mobilidade da economia e, portanto, menos produtos serão manufaturados — o que respinga diretamente nas ações do setor industrial e de serviços.

O efeito repressor se propaga pela cadeia financeira e pode atingir diretamente os mercados subjacentes à Wall Street, como o Ibovespa. Não a toa, o índice registrou uma piora de 0,61%, puxada pelo pessimismo dos mercados externos.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.

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