Deputados divergem sobre prisão do prefeito de Marcelo Crivella
Repercutiu entre os deputados, na sessão desta terça-feira (22), a prisão do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), durante uma operação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil. O prefeito é acusado pelo Ministério Público de montar um “QG da Propina”, esquema que motivou a abertura do processo de um impeachment na Câmara de Vereadores do Rio.
O deputado Luiz Lima (PSL-RJ), que foi candidato a prefeito na mesma eleição que elegeu Crivella, criticou parlamentares que apoiaram o prefeito e criticou o Partido Republicanos.
“Crivella é o pior prefeito da história do Rio de Janeiro, aquele que deixou uma cidade arrasada, um milhão e meio de favelados”, disse. “O prefeito Crivella, além de mau gestor, é corrupto, é chefe de quadrilha, liderou um mecanismo de corrupção, uma verdadeira holding”, acrescentou Lima. Ele citou, entre parlamentares que apoiaram Crivella e “que foram covardes com ele”, os deputados Otoni de Paula (PSC-RJ), Major Fabiana (PSL-RJ), Márcio Labre (PSL-RJ) e Carla Zambelli (PSL-SP).
Otoni de Paula reagiu e disse que Luiz Lima mostra que não estava preparado para ser prefeito do Rio de Janeiro. “Ele me acusa de ser vendido sem ter prova nenhuma. Então, parabéns ao Rio de Janeiro, que não elegeu o Luiz Lima, que não tem condições de ser prefeito de uma cidade”, afirmou.
O deputado Aroldo Martins (Republicanos-PR), por sua vez, chamou Luiz Lima de “uma pessoa magoada por aquilo que sofreu, por aquilo que falaram, por fake news que, segundo ele, lançaram contra ele”.
E considerou que o parlamentar “foi infeliz” no pronunciamento e que “talvez tenha agido mais com o coração do que com a razão”. Além disso, afirmou que a prisão do prefeito Marcelo Crivella é resultado de delações, “que condenam sem que a pessoa seja julgada”.
“Sem nenhuma necessidade, o prefeito da cidade do Rio de Janeiro foi preso sem que houvesse razão para que essa prisão fosse decretada, a não ser pelo fato de o Ministério Público estar totalmente politizado.” Martins disse que a Justiça deveria ser cega e imparcial e reclamou que a política está sendo judicializada.