Política

Deputados democratas dos EUA pedem a Biden revogação do visto de Bolsonaro

12 jan 2023, 16:01 - atualizado em 12 jan 2023, 16:01
Ex-presidente Jair Bolsonaro Justiça
Bolsonaro voou para a Flórida dois dias antes de seu mandato terminar e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumir o cargo (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Quarenta e um deputados democratas da Câmara dos Estados Unidos pediram ao governo do presidente Joe Biden nesta quinta-feira que colabore com a investigação do Brasil sobre os protestos violentos em Brasília e revogue quaisquer vistos norte-americanos concedidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os parlamentares enviaram uma carta pedindo ao governo que apoie a democracia e o Estado de Direito no Brasil. “Além disso, não devemos permitir que o sr. Bolsonaro ou qualquer outra ex-autoridade brasileira se refugie nos Estados Unidos para escapar da Justiça por quaisquer crimes que possam ter cometido durante o mandato”, disse a carta.

Bolsonaro voou para a Flórida dois dias antes de seu mandato terminar e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumir o cargo.

Apoiadores radicais de Bolsonaro depredaram o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto no domingo, pedindo um golpe militar para reverter a vitória eleitoral de Lula.

Funcionários do Departamento de Estado e da Casa Branca não responderam imediatamente a um pedido de comentário sobre a carta.

O Departamento de Estado dos EUA disse repetidamente que sua política é não discutir casos específicos de vistos. O secretário de Estado, Antony Blinken, disse na quarta-feira que Washington não recebeu nenhum pedido específico do Brasil sobre Bolsonaro.

Bolsonaro disse nas redes sociais que voltaria ao Brasil mais cedo do que o planejado por motivos médicos. Ele negou ter incitado seus apoiadores e disse que os manifestantes “passaram dos limites”.

A carta foi assinada pelos deputados norte-americanos Gregory Meeks, principal democrata e ex-presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, Joaquin Castro, Ruben Gallego, Chuy Garcia e Susan Wild, entre outros.

Biden juntou-se a outros líderes mundiais na condenação da violência de domingo no Brasil.