Depois do rali do Putin, trigo e milho estão em ajuste e próximo USDA sombreia a soja
Depois do “rali do Putin”, como já foram classificadas as valorizações da segunda do trigo, em especial com os 6%, e do milho, a terça (11) abriu em realização de lucros.
A soja, sob ganhos mais modestos e de carona nas outras commodities no dia anterior, também cede um pouco.
O agravamento do conflito na Ucrânia, com a Rússia atacando mais pesadamente cidades e a capital Kiev, não dissipa os temores de que o escoamento dos cereais pelo Mar Negro seja bloqueado novamente.
O milho, contudo, vem com algum apoio de safra menor nos Estados Unidos.
A soja, ao contrário, carrega alguma pressão da safra americana e plantio no Brasil, mas as condições da demanda chinesa não estão favoráveis.
Quarta o USDA relatará a oferta e demanda local e mundial, de modo que também os operadores devem ficar cautelosos hoje, inclusive porque a soja pode ser a surpresa, com rendimentos maiores nos EUA, segundo alguma expectativa demonstrada entre analistas do país.
O trigo no futuro de dezembro em Chicago recua mais de 2,15%, a US$ 9,17, o milho para o mesmo mês entrega 0,45%, a US$ 6,95, e a soja de novembro cai 0,33%, a US$ 13,69, às 7h45 (Brasília).
Do lado do mercado financeiro, o dia ainda não oferece uma direção concreta, pelo menos enquanto o dólar index está ‘de lado’, em leve alta.