Depois de se deslocarem da debacle geral da véspera, soja e milho ditam seu próprio ritmo
Os dois derivativos agrícolas mais líquidos do planeta conseguiram se afastar da debacle das bolsas de valores, quando as desmontagens de posições em Chicago pareciam apontar para um desastre. Soja e milho seguem a quarta (14) em roteiros próprios nesta passagem do dia, em leves alta e baixa, respectivamente.
Ontem, superaram o susto da inflação americana e reduziram bastante as perdas, ao final do pregão, basicamente na linha da realização de lucros, sobre a véspera, quando o primeiro disparou mais de 70 pontos de alta e, o segundo, em torno de 10.
Foi surpresa ambas commodities se descolarem, praticamente, do financeiro, pela situação crítica refletida em todos os demais mercados – o dólar index (DXY) variou 1,20% acima, por exemplo -, o que pouco se viu neste ano turbulento.
Os fundamentos ganharam a queda de braço, especialmente pelo lado da oferta que o USDA viu mais curta do que o previsto para a oleaginosa, na safra dos Estados Unidos, e mantendo o diagnóstico de agosto de prejuízos para o milho.
Às 8h10 (Brasília), enquanto parece haver uma tentativa de correção sobre o risco acentuado da 3ª, com os futuros de ações (US 500 e US 30) mais valorizados e o dólar no exterior em queda, as telas da soja e do milho estão na dinâmica setorial.
O milho até cede um pouco porque, apesar de produção menor americana, os estoques ficaram mais altos, o deslocamento para a produção de etanol será menor e tem a safra de inverno brasileira muito ofertada internacionalmente.
O futuro de dezembro está em menos 0,35%, a US$ 6,90 o bushel.
A soja de novembro testa subida próxima a 0,55%, US$ 14,87, ante a redução de cerca de 3 milhões de toneladas no ciclo 22/23 dos EUA, em números que surpreenderam, inventários mais apertados, e ainda sem a pressão da safra brasileira que vai começando a ser plantada.
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