Depois de reforma tributária, Haddad agora mira ‘super-ricos’; entenda
O ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou nesta quarta-feira que irá encaminhar proposta para tributar os fundos exclusivos, também chamados de ‘super-ricos’, no Orçamento de 2024, que será apreciação do Congresso Nacional em agosto.
Os fundos exclusivos atualmente oferecem oportunidades de investimento favoráveis para os brasileiros mais ricos, tributando os rendimentos apenas quando distribuídos aos investidores. Tentativas de tributá-los foram feitas por governos anteriores sem sucesso.
A ideia em avaliação no governo prevê que a cobrança de Imposto de Renda sobre esses fundos passe a ser periódica, por meio do chamado come-cotas.
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Resistência para taxação de lucros e dividendos
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Haddad disse que a segunda etapa da reforma tributária irá enfrentar resistência de setores que, hoje, o apoiam. Nesta nova fase, está em pauta a tributação de lucros e dividendos.
“Como um país com tanta desigualdade isenta de imposto de renda o 1% mais rico da população?”, questionou.
Haddad esclareceu que, diante do desafio de zerar o déficit público em 2024, o governo vai agir em prol de “corrigir distorções absurdas do sistema tributário” para cumprir a meta.
A exemplo disto, apontou à Folha “escândalo patrimonialista dos mais execráveis”, referindo-se as regras que beneficiavam empresas acerca de suas dívidas com a Receita Federal.
Com Reuters e Lorena Mattos