Demissões na General Motors: Metalúrgicos da GM entram em greve nesta segunda (23)
Os metalúrgicos da General Motors (GM) do Brasil decidiram entrar em greve a partir desta segunda-feira (23). Assembleias foram realizadas hoje (22) em três unidades da empresa e aprovaram a paralisação, cujo objetivo é reverter as demissões anunciadas pela montadora no sábado (21).
A greve será por tempo indeterminado e envolverá as unidades de São Caetano, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, todas no Estado de São Paulo. Ontem, funcionários dessas plantas foram comunicados, por telegramas e e-mails, de que seriam demitidos.
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A GM culpou a queda das vendas no mercado interno e das exportações. A montadora também afirmou que as estimativas de venda e produção para 2024 foram reduzidas.
Em um comunicado à imprensa, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos afirma que “a condição para a volta ao trabalho é o cancelamento de todas as demissões que foram comunicadas no sábado (21), por meio de telegramas e e-mails. Os trabalhadores também exigem estabilidade no emprego e manutenção dos postos de trabalho.”
O sindicato acrescenta que um acordo de layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho), firmado com a GM, garante a estabilidade no emprego de 1.200 trabalhadores até maio de 2024. ” O acordo, portanto, foi quebrado e as demissões foram feitas sem qualquer negociação prévia com o Sindicato, contrariando legislação que exige essa medida em caso de cortes em massa”, acrescenta a nota à imprensa.
General Motors (GM) afirma que demissões são “necessárias”
A General Motors (GM) confirmou, em nota, que está realizando demissões nas fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. Sem abrir o total de trabalhadores atingidos, a montadora informa que tomou a decisão de adequar o quadro nas fábricas paulistas por conta da queda tanto das vendas internas quanto das exportações.
A medida, conforme a companhia, foi tomada após várias tentativas de ajustes, como a suspensão temporária de contratos de trabalho, o chamado layoff, férias coletivas e dias de folga (days off), além da proposta, rejeitada pelos trabalhadores, de abertura de um programa de demissões voluntárias.
“Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”, diz a GM.
(Com Reuters)