Demanda por frete rodoviário no agro perde força em outubro, mas sobe 6,5% no ano
A demanda por fretes rodoviários no agronegócio do Brasil acumulou alta de 6,5% entre janeiro e outubro, em comparação com igual período do ano anterior, apesar de ter arrefecido no mês passado, indicou nesta segunda-feira o Índice de Fretes e Pedágios Repom (IFPR).
Segundo a marca, que atua em soluções de gestão e pagamento de despesas para frota própria e terceirizada da Edenred Brasil, se considerado apenas o mês de outubro há uma queda de 18,8% no volume de fretes rodoviários em comparação anual.
No acumulado até setembro, a demanda registrava avanço de 9,5% no ano a ano.
A queda no mês, vista pela Repom como “baixa característica da movimentação das safras”, ocorre em momento em que o Brasil vê especialmente as exportações de soja perderem força, diante de um recuo nos estoques, após os enormes embarques deste ano se concentrarem em meses anteriores.
A oleaginosa é o principal produto de exportação do país.
Em relação ao segmento de indústria e varejo, o IFPR apurou um aumento de 8,6% na demanda por fretes nos dez primeiros meses do ano, citando a retomada das atividades econômicas do país em meio à pandemia de Covid-19 como principal impulso.
“Como previsto, o mês de outubro continuou com forte ritmo, somando 9,7% de incremento, porém já apresentando algum recuo frente a setembro, mês que apresentou 19,9% de aumento no ritmo de transporte de cargas, caso bastante pontual na retomada da economia”, disse em nota o head de Mercado Rodoviário da Edenred Brasil, Thomas Gautier.
“A previsão é de mais redução no ritmo em novembro, já que, historicamente, é um mês menos ativo durante o ano”, acrescentou.