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Interesse pela compra de imóveis cresce em São Paulo e pesquisa revela o motivo

11 mar 2025, 12:57 - atualizado em 11 mar 2025, 13:00
imóveis - selic - taxa de juros
Na análise de Luiz França, presidente da instituição, a população tem optado pela parcela do financiamento ao aluguel. (Imagem: 89Stocker/ Canva Pro)

A alta expressiva dos aluguéis residenciais nos últimos anos tem levado cada vez mais brasileiros a considerar a compra de um imóvel como uma alternativa financeiramente mais viável. De 2020 para 2024, o aluguel saltou 63,6%, contra 33,5% da inflação, de acordo com os dados apresentados pela Abrainc.

Na análise de Luiz França, presidente da instituição, a população tem optado pela parcela do financiamento ao aluguel, já que este se tornou muito caro nos últimos anos, o que acaba tomando grande parte dos salários.

“A alternativa é buscar um imóvel para compra e sair do aluguel. Isso gera um certo nervosismo, porque, quando o aluguel representa um percentual fixo da renda, há um controle. Mas, com aumentos expressivos, surge o medo de continuar vivendo de aluguel em condições cada vez piores”, disse o executivo durante coletiva para jornalistas nesta terça-feira (11).

Além disso, França acrescenta que ter um imóvel hoje é sinônimo de valorização de patrimônio. Os números mostram que, em São Paulo, em uma média de 5 anos (de 2020 a 2024), a valorização do imóvel foi de 14,4%, acima da variação de 8,6% da Selic no mesmo período.

Apesar dos números indicarem apenas os imóveis em São Paulo, França constata que essa valorização também aconteceu em diversas regiões do país.

Vale destacar que em 2024 também houve queda recorde no desemprego, com apenas 6,6% da população desempregada, além de uma alta na renda das famílias em 4,3% no ano, o que incentiva a demanda por imóveis.

Outro ponto destacado pela Abrainc foi a expansão dos programas habitacionais do governo, como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que facilita o acesso ao crédito para famílias de baixa e média renda. A possibilidade de subsídios e menores exigências de entrada têm impulsionado a decisão de compra.

A intenção de compra de um imóvel, segundo a pesquisa realizada pela Abrainc em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, está em 46%, sendo a saída do aluguel o principal motivo indicado pelos entrevistados. Em segundo lugar, está a troca da residência por uma maior.

Construtoras seguem a todo vapor

O mercado imobiliário registrou forte crescimento em 2024, impulsionado pelo avanço das vendas tanto no MCMV quanto no segmento de Médio e Alto Padrão (MAP). Segundo a Abrainc, as vendas do MCMV cresceram 13% em unidades e 10% em valor, enquanto o MAP teve alta de 24% no valor negociado.

Os lançamentos também acompanharam a demanda, com expansão de 25% no MCMV e 21% no MAP. No total, o volume financeiro dos lançamentos cresceu 24%. O cenário reflete a busca por imóveis diante da alta dos aluguéis e condições favoráveis de financiamento, mesmo com juros elevados.

Segundo França, esse desempenho positivo demonstra que, mesmo em um cenário de juros ainda elevados, a demanda por imóveis segue forte, sustentada pela valorização patrimonial, pelo alto custo do aluguel e pelas condições de crédito disponíveis.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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