Demanda: Outro fundo imobiliário vende imóveis na Faria Lima, com lucro de R$ 3,67 por cota
O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 opera em alta nesta sexta-feira (15) disposto a dar fim ao movimento de correção que resultou em quatro dias seguidos de queda.
Com isso, por volta das 11h45 (de Brasília), o Ifix subia 0,36%, aos 3.377 pontos, após alcançar as mínimas em uma semana na véspera. Contudo, o índice caminha para encerrar a semana em queda, interrompendo três altas semanais.
Entre os mais de 100 FIIs listados, o CSHG Prime Offices (HGPO11) liderava as altas, de 2,1%, tentando recuperar-se de quatro dias seguidos de queda.
Em contrapartida, o Vinci Imóveis Urbanos (VIUR11) tinha a maior queda no horário acima, perto de 1%, ampliando as perdas no mês, para 12%.
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Fundos imobiliários fazem operação de quase R$ 100 milhões
Os fundos imobiliários CSHG Real Estate (HGRE11) e Tellus Properties (TEPP11) anunciaram a venda e compra de ativos em um dos metros quadrados mais caros de São Paulo, por R$ 95 milhões.
Em comunicado, o HGRE11 explica que vendeu os conjuntos 601, 602, 701, 702, 801, 802, 901, 902, 1001 e 1002, além de 80 vagas de garagem, no Edifício Faria Lima, localizado na avenida de mesmo nome, no Itaim Bibi.
O valor por metro quadrado foi de R$ 19,9 mil, acima do preço médio pedido na região em janeiro, de R$ 12,3 mil, conforme levantamento do índice FipeZap.
O FII já havia anunciado que faria a venda dos dez conjuntos para dar continuidade ao trabalho iniciado no ano passado de desinvestir de ativos que não se enquadram em seu portfólio.
Ontem, o TEPP11 pagou ao CSHG Real Estate a primeira parcela, de R$ 38 milhões. Os demais valores devem ser pagos até 2026 e serão corrigidos pelo índice de inflação (IPCA).
O fundo imobiliário, que fazia parte do Credit Suisse e agora é do Pátria Investimentos, diz que terá lucro em regime de caixa de R$ 43,3 milhões, o equivalente a R$ 3,67 por cota. A operação teve taxa interna de retorno (TIR) de 13,5%.
Além disso, o HGRE11 diz que o valor de venda dos imóveis foi 4,3% acima do laudo de avaliação, de 2023, e 84% acima do preço de aquisição. O FII comprou os ativos em 2012 e deixará de receber quase R$ 667 mil – ou R$ 0,06 por cota -, de aluguel desses ativos. Atualmente, o locatário dos conjuntos é a Suzano.
Por sua vez, o Tellus Properties diz que, devido o parcelamento da aquisição, espera rendimentos (yields) líquidos de 12,71%, 10,98% e 9,31% nos três primeiros anos, considerando o valor da cota a R$ 100.
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TEPP11 vendeu imóveis para outro FII
Lembrando que, no começo deste mês, o TEPP11 anunciou a venda de 14 conjuntos do edifício São Luiz, na avenida Presidente Juscelino Kubitschek (JK), para o Kinea Hedge Fund (KNHF11), por R$ 215 milhões.
Com o mercado imobiliário aquecido na região da Faria Lima, o sócio e gestor de fundos imobiliários de tijolo da Kinea, Carlos Martins, adiantou ao Money Times que o KNHF11 deverá anunciar outra compra de ativo na região em breve.
*As cotações citadas são do site Investing.com