Demanda global por petróleo deve crescer com vacina e economia, diz WoodMac
A demanda global por petróleo deve crescer cerca de 7% este ano, impulsionada pela distribuição mais rápida de vacinas e melhores perspectivas econômicas, disse a consultoria Wood Mackenzie nesta quinta-feira.
A demanda total de líquidos de petróleo deve atingir uma média de 96,7 milhões de barris por dia (bpd) em 2021, ou 6,3 milhões de bpd a mais que no ano passado, quando a pandemia de Covid-19 causou um choque sem precedentes na demanda.
“Nossa previsão de curto prazo pressupõe uma aceleração da distribuição de vacinas ao longo de 2021 e é sustentada por um crescimento esperado de 5% no PIB global, de acordo com nossa perspectiva macroeconômica, após a contração de 5,4% da economia global no ano passado”, disse a vice-presidente da consultoria, Ann-Louise Hittle.
“O ritmo e a força da recuperação da demanda global por líquidos (de petróleo) dependerão do ritmo da distribuição da vacina para Covid-19 e da recuperação econômica global.”
Em termos de oferta, a WoodMac espera que a produção de petróleo dos 48 Estados da porção continental dos EUA diminua em cerca de 500.000 bpd este ano, queda menor que no ano passado.
Já a atividade de plataformas deve continuar a aumentar, mas grande parte do ritmo de recuperação dependerá dos preços do petróleo e da disposição da indústria de investir novamente em ampliação da oferta, disse a WoodMac.
A consultoria acrescentou que as decisões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, grupo conhecido como Opep+, serão uma grande fonte de incerteza.
“A Opep+ pode negociar acordos a cada mês e permanecer comprometida com a restrição da produção? Alguma restrição da produção é necessária em 2021 para o equilíbrio do mercado, mas o cumprimento dos acordos pode diminuir com a recuperação da demanda”, disse Hittle.
Ainda assim, apesar do aumento potencial na demanda por petróleo, o nível de utilização de refinarias deve permanecer baixo neste ano, em meio à pandemia ainda em curso, além dos cortes de produção da Opep+ e novas adições de capacidade, disse a WoodMac.