Coronavírus

Delta, não Ômicron, deve ser explicação para mais mortes nos EUA, diz diretora do CDC

12 jan 2022, 15:56 - atualizado em 12 jan 2022, 15:56
“A magnitude desse aumento é amplamente relacionada à variante Ômicron, que representa hoje cerca de 90% dos casos de Covid-19 no país”, disse Walenksy (Imagem: Shawn Thew/Pool via REUTERS)

As hospitalizações por Covid-19 nos Estados Unidos cresceram em cerca de 33%, e as mortes tiveram alta de aproximadamente 40% em relação a uma semana antes, afirmou a diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) na quarta-feira.

Rochelle Walenksy, falando em uma teleconferência com a imprensa, disse que os casos de Covid-19 nos EUA, impulsionados pela variante Ômicron, de rápida propagação, devem chegar a um pico nas próximas semanas.

“A magnitude desse aumento é amplamente relacionada à variante Ômicron, que representa hoje cerca de 90% dos casos de Covid-19 no país”, disse Walenksy a jornalistas.

As hospitalizações estão em alta no país desde o final de dezembro, quando a Ômicron superou a variante Delta como a cepa dominante do coronavírus nos EUA, embora especialistas digam que a Ômicron provavelmente se mostrará menos letal do que versões anteriores.

O aumento recente de mortes por Covid-19 é provavelmente um efeito tardio da variante Delta, que estava em alta antes da Ômicron tomar os Estados Unidos em dezembro, disse Walensky.

Com a Delta e outras variantes anteriores, a taxa de mortes é defasada em relação à taxa de infecções em algumas semanas.

“Podemos ver mortes pela Ômicron, mas suspeito que as mortes que estamos vendo agora ainda são da Delta”, disse Walensky, acrescentando que levará tempo para entender como a Ômicron impacta o total de mortes pelo coronavírus.