Delação da JBS

Delação premiada é um direito que Temer precisa respeitar, diz Joesley

02 set 2017, 20:08 - atualizado em 05 nov 2017, 13:57

Joesley

O dono da JBS, Joesley Batista, enviou nota à imprensa neste sábado afirmando que o presidente da República, Michel Temer, precisa respeitar o direito da delação premiada.

“Atacar seus delatores mostra no mínimo a incapacidade do senhor Michel Temer de oferecer defesa dos crimes que comete”, ressaltou.

O empresário disse ainda que Temer se tornou “ladrão geral da República”, o que “envergonha os brasileiros”.

Contexto

O presidente Michel Temer criticou ontem em nota o acordo de delação premiada do doleiro Lúcio Funaro, que foi reenviado na quinta-feira ao STF pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

“A suposta segunda delação do doleiro Lúcio Funaro, que estava sob sigilo na Procuradoria-Geral da República, mas tem vazado ilegalmente na imprensa nos últimos dias, apresenta inconsistências e incoerências próprias de sua trajetória de crimes. Funaro acionou meses atrás a Justiça para cobrar valores devidos a ele pelo grupo empresarial do senhor Joesley Batista [sócio do grupo JBS], por alegados serviços prestados, negando que recebesse por silêncio ou para evitar delação premiada”, diz.

De acordo com a nota, Temer “se resguarda o direito de não tratar de ficções e invenções” e nega que tenha atuado para obstruir investigações. O presidente criticou ainda o fato de o empresário Joesley Batista estar “refazendo” a delação premiada.

“Pegos na falsidade pela Operação Bullish, [os irmãos Joesley e Wesley Batista] não tiveram a delação anulada, mas puderam, camaradamente, ‘corrigir’ suas mentiras ao procurador-geral. Sem um puxão de orelhas sequer” diz a nota.

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