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Deflação no IPCA: Por que Magazine Luiza (MGLU3) é uma das principais beneficiadas?

09 set 2022, 17:23 - atualizado em 09 set 2022, 17:23
Magazine Luiza
(Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

Magazine Luiza (MGLU3) e Lojas Renner (LREN3) são as duas ações que devem mais se beneficiar da deflação, afirma o analista da Benndorf, Niels Tahara. O índice nacional de preços ao consumidor brasileira (IPCA) registrou queda em agosto, pelo segundo mês seguido, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Tahara, os ativos de consumo discricionário, como varejo de vestuário e bens de consumo voltado para linha branca, são os que mais saem ganhando com o movimento de queda dos preços na inflação. “Isso acontece porque a queda contribui para a melhora no poder de compra dos consumidores”, explica.

Além disso, outro setor que tende a sair ganhando é o de construção civil. Entre as construtoras, o analista destaca “principalmente as empresas voltadas para a baixa renda, uma vez que o segmento vinha sofrendo com o aumento de custos e tem mais dificuldades de repassar preços”.

Já um levantamento da XP Investimentos, que relaciona a renda variável às mudanças do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mostra que a Magalu está entre os papéis que têm tendência histórica de desempenhar bem em momentos de baixa da inflação.

Americanas (AMER3), Petz (PETZ3), Via (VIIA3) e Natura (NTCO3) acompanham a varejista de Luiza Trajano na lista.

E se a inflação voltar a subir?

Mesmo com o recuo em agosto, a inflação brasileira deve voltar a subir em torno de 0,3% em setembro, prevê o Bank of America.

Nos oito primeiros meses de 2022, a inflação acumula alta de 4,39%, acima da meta de 3,5% para o ano, estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Nos últimos 12 meses, a alta é de 8,73%.

Tahara, da Benndorf, afirma que as empresas que se beneficiavam da inflação, tendem a ser preteridas no movimento contrário. O analista destaca as transmissoras de energia, como Taesa (TAEE11) e Transmissão Paulista (TRPL4), que têm seus contratos reajustados pelo índice.

Além disso, as concessões de rodovia, como CCR (CCRO3) e Ecorodovias (ECOR3), também podem sair perdendo em um cenário de deflação.

Outro setor que também tende a ser preterido é o de atacarejo, apesar de não necessariamente se prejudicar com a inflação mais baixa, segundo o analista.

“Os mesmos acabam ganhando share em um cenário de inflação alta, por fornecerem produtos essenciais como alimentos, é o caso do Grupo Soma (SOMA3) e do Assaí (ASAI3)”, afirma.

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