Economia

Deflação do IPCA está com os dias contatos, avalia economista

11 out 2022, 11:19 - atualizado em 11 out 2022, 11:23
Renda Fixa
Sem considerar os combustíveis, a inflação teria subido em torno de 0,26% ao mês. (Imagem: Mehaniq)

No mês de setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou a sua terceira deflação seguida, após queda de 0,29%.

O indicador mais uma vez foi puxado pelo grupo de Transportes, que segue influenciado pelas medidas do governo para controle dos preços dos combustíveis. No entanto, Raone Costa, economista-chefe da Alphatree Capital, destaca que a queda nos combustíveis deve perder força nos próximos meses.

“A gente esperava por uma queda maior para combustíveis. Dificilmente vamos continuar vendo tantas reduções de gasolina como a gente viu nos últimos meses”, afirma.

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a gasolina caiu 8,33% em setembro, ante quedas de 15,48% e 11,64% em julho e agosto, respectivamente. Neste período, o item contribuiu com -2,13 ponto percentual para o IPCA.

Sem considerar os combustíveis, a inflação teria subido em torno de 0,26% ao mês, aponta Victor Candido, economista-chefe da RPS Capital.

Serviços e indústria

Além dos Transportes, o grupo de Alimentos também teve queda. No entanto, a parte de serviços e bens industriais seguem pressionando o índice. Os serviços aceleraram de 0,28% para 0,40%.

“Apesar de os núcleos de inflação terem recuado no período, os serviços foram um ponto de destaque no índice, com uma variação marginal positiva sobre o mês anterior, a despeito da desaceleração em 12 meses”, afirma Eduardo Vilarim, economista do Banco Original.

Costa, da Alphatree Capital, também aponta que há muita pressão na parte de vestuário. Significa que a deflação está concentrada, principalmente, em combustíveis e energia elétrica.

“A deflação recente é concentrada em pequenos grupos e o problema inflacionário continua. Acredito que esses dados de deflação então com os dias contados para os próximos meses e a gente vai ver um quadro inflacionário acima da meta do Banco Central”, diz.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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