Internacional

Deflação ao produtor na China perde força em julho com recuperação da atividade

10 ago 2020, 7:46 - atualizado em 10 ago 2020, 7:46
Mineração
Os preços futuros do minério de ferro em Dalian saltaram mais de 50% até agora neste ano enquanto os preços de barras de aço usadas em construção subiram 12% (Imagem: Pixabay)

A deflação dos preços ao produtor na China diminuiu em julho em meio à alta dos preços globais do petróleo e conforme a atividade industrial avança para os níveis pré-coronavírus, ampliando os sinais de recuperação na segunda maior economia do mundo.

O índice de preços ao produtor caiu 2,4% em julho sobre o ano anterior, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta segunda-feira, contra queda de 2,5% esperada em pesquisa da Reuters e recuo de 3,0% em junho.

Analistas dizem que a produção industrial da China está retornando aos níveis vistos antes de a pandemia paralisar a economia, com a demanda, os estímulos do governo e exportações surpreendentemente resilientes impulsionando a recuperação.

Os preços futuros do minério de ferro em Dalian saltaram mais de 50% até agora neste ano enquanto os preços de barras de aço usadas em construção subiram 12%.

Os preços de extração de petróleo e gás natural lideraram os ganhos, aumentando 12% na base mensal, graças à contínua recuperação dos preços globais do petróleo, de acordo com Dong Lijuan, estatístico da agência de estatísticas.

Entretanto, os preços ao produtor subiram 0,4% na comparação com o mês anterior, repetindo a taxa de junho, o que indica apertos no trabalho de construção e produção causados pelas recentes enchentes no sul da China. Alguns analistas alertaram que a recuperação pode estagnar em meio à cautela do consumidor e ao ressurgimento das infecções globais.

A inflação ao consumidor também acelerou em julho uma vez que o clima ruim elevou os preços de alimentos.

O índice de preços ao consumidor subiu 2,7% na base anual, ritmo mais forte em três meses e ante expectativa de avanço de 2,6% e aumento de 2,5% em junho.

O resultado se deveu principalmente à alta de 85,7% na base anual dos preços de carne suína.

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