Política

Defender Trump é “hipocrisia” dos republicanos, diz congressista Kinzinger

28 ago 2022, 15:23 - atualizado em 28 ago 2022, 15:23
Casa do Donald Trump
Na sexta-feira, o Departamento de Justiça divulgou uma versão editada do depoimento que ajudou a pasta a obter aprovação do tribunal para uma busca pelo FBI na propriedade de Trump, na Flórida, em 8 de agosto (Imagem: REUTERS/Marco Bello)

O deputado norte-americano Adam Kinzinger, um dos dois republicanos que se juntaram à investigação do Congresso sobre o ataque ao Capitólio por apoiadores de Donald Trump, acusou os membros de seu partido de “hipocrisia” por defenderem a retenção de documentos confidenciais pelo ex-presidente.

“A hipocrisia de pessoas do meu partido que passaram anos gritando ‘prendam ela’ à Hillary Clinton por causa de alguns e-mails deletados ou, entre aspas, limpados de um servidor, estão lá agora defendendo um homem que claramente não levou a segurança nacional dos Estados Unidos a sério”, disse Kinzinger durante uma entrevista ao programa “Meet the Press”, da NBC.

Na sexta-feira, o Departamento de Justiça divulgou uma versão editada do depoimento que ajudou a pasta a obter aprovação do tribunal para uma busca pelo FBI na propriedade de Trump, na Flórida, em 8 de agosto.

No depoimento, um agente não identificado do FBI disse que a agência revisou e identificou 184 documentos “com marcas de confidencialidade” contendo “informações de defesa nacional”, depois que Trump devolveu em janeiro 15 caixas de registros governamentais procurados pelo Arquivo Nacional dos EUA. Outros registros nessas caixas, de acordo com a declaração, continham notas manuscritas de Trump.

Trump diz que não fez nada de errado e que é vítima de um ataque político.

Trump e muitos outros republicanos por anos condenaram sua rival de campanha de 2016, a ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, por ter usado um servidor de e-mail privado para algumas comunicações públicas oficiais, algumas das quais continham informações confidenciais.

Trump regularmente liderou comícios políticos com apoiadores gritando “Prendam ela!”.

Kinzinger e a deputada Liz Cheney são os dois republicanos entre os nove membros de comitê especial da Câmara dos Deputados dos EUA que investiga o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio e as atividades de Trump em torno daquele dia.

Kinzinger, que optou por não buscar a reeleição, disse que nas próximas audiências ou em um relatório formal do comitê, haverá revelações “mais profundas” sobre o comportamento de Trump durante o tumulto. Ele acrescentou que “uma das coisas mais intrigantes será parte do financiamento… uma vasta maioria desse dinheiro foi arrecadado sob a condição ‘pare o roubo’ sem intenção de fazer qualquer coisa para impedir o chamado roubo”.

Trump afirma falsamente que Joe Biden venceu as eleições presidenciais de 2020 por meio de fraude, afirmação que foi rejeitada por várias decisões judiciais, pelo próprio Departamento de Justiça do ex-presidente e até por investigações lideradas por republicanos em nível estadual.

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