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Defecções da FPA na votação do Senado levarão pautas do agro (contrárias a Lula) agonizarem na gaveta

02 fev 2023, 11:10 - atualizado em 02 fev 2023, 14:10
Amazônia Desmatamento Meio Ambiente
Licenciamento ambiental é uma das pautas paradas no Senado de interesse do agronegócio (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Não importa se são só ruralistas puro-sangue ou se agrega igualmente simpáticos às causas do agronegócio por convicção ou ideologia política, fato é que da bancada estimada da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) oito senadores não votaram em Rogério Marinho (PL-RN) à presidência da casa.

O candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem foi ministro, levou 32 votos, contra 49 do reeleito e apoiado por Lula, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Fato é, também, que com as defecções, pautas favoráveis ao agronegócio, paradas na Câmara Alta, podem sofrer atrasos na votação – ou seguirem sendo barradas – porque são contrárias aos programas do governo atual, do qual não se espera que Pacheco vá contrariar depois do apoio decisivo de Lula.

Entre outras, a questão do licenciamento ambiental, que relaxava as regras para empreendimentos rurais, consideradas rígidas pela agropecuária.

A contabilidade dessas bancadas de parlamentares, sendo a da FPA a mais forte e presente, pode carecer de confiabilidade na medida em que são informais, mas havia a convicção do líder deputado Pedro Lupion (PP-RR) de 40 senadores – de um total de em torno de 300 parlamentares na nova legislatura.

No Senado passado, a estimativa era de 39 na bancada ruralista.

Nessa conta atual, entram antigos parlamentares que voltaram ao Congresso, como da ex-ministra Tereza Cristina (PP-MS), que já foi presidente da FPA, e outros que estavam licenciados e concorrem a cargos de governador nas eleições passadas.

O novo presidente da FPA também estimava os votos de mais cinco novos congressistas aderentes, entre os quais do ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e, claro, do próprio Marinho.

Entre “uma bancada desse tamanho agora no Senado não tem por que protelas as votações” e “existe um esforço e uma qualificação de nossa representação agora com uma turma mais aguerrida”, como declararam entusiasmados os ex-presidentes da FPA, Sérgio Souza (MDB-PR) Alceu Moreira (MDB-RS), a partir de hoje é que serão elas.

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