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Defasagem da gasolina vai a R$ 0,26, pressiona a Petrobras e faz sombra à recuperação do etanol

15 abr 2021, 8:49 - atualizado em 15 abr 2021, 9:30
Combustíveis
Manutenção da alta do petróleo pressiona a Petrobras a rever preços da gasolina e influi na margem do etanol hidratado (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

O petróleo testa um ajuste de baixa nesta quinta (15), após a forte alta da véspera, quando dilatou ainda mais a defasagem do preço da gasolina praticada nas refinarias. E aumenta a ameaça ao etanol hidratado, pela possibilidade de a Petrobras (PETR4) fazer correções.

O biocombustível vem tendo seguidas recuperações nas vendas diárias das distribuidoras (mais 3,03% ontem, em Paulínia), e uma moderada alta na semana passada nas usinas, ambos por indicações do Cepea/Esalq, diante da competitividade que vinha mantendo, baixos estoques e baixa produção neste início de safra.

Mas agora já encontra a gasolina em defasagem de menos 9% e a colheita da cana ganhando ritmo, o que tende a elevar a produção do derivado.

Pelas contas da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o percentual representa R$ 0,26 depois de o petróleo subir quase 5%, ao superar os US$ 66 o barril em Londres. O diesel está em menos 7%.

No dia 24, a estatal promoveu uma redução de 4% nas refinarias nos dois combustíveis de origem fóssil e, na semana de 4 a 9 de abril, a ANP registrou leve redução nos postos.

Se o óleo cru seguir na expectativa mais positiva de aumento do consumo, por sintomas da vacinação em massa entre os grandes consumidores (menos o Brasil) e redução de estoques nos Estados Unidos, a Petrobras acabará tendo de fazer algum reajuste, mesmo que não preenchendo a totalidade da defasagem da gasolina, como já é comum.

Nesta passagem das 8h50 de Brasília, a cotação do barril cai moderadamente, em torno de 0,15%, a US$ 66,50.