DeepSeek deve pressionar big techs por mais eficiência e pode acirrar conflito entre China e EUA, diz analista
O crescimento da DeepSeek, startup chinesa focada no desenvolvimento de inteligência artificial (IA), abalou o mercado de tecnologia dos Estados Unidos (EUA) nesta segunda-feira (27). Para Pedro Carvalho, analista da Empiricus Gestão, as grandes empresas do setor devem reagir.
“Certamente vamos ver as big techs, especialmente a Meta, que vinha com uma visão de open source (softwares de código aberto, livres para utilização e modificação), fazendo um movimento de otimizar as próprias estruturas”, disse o especialista em entrevista ao Giro do Mercado.
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De acordo com Carvalho, apesar da queda nas ações das empresas de tecnologia em um primeiro momento, a ascensão da DeepSeek pode promover uma possível aceleração do mercado de IA. “A gente não vê esse investimento diminuindo. Pelo contrário, a gente acredita que ele vai se acelerar”, afirmou.
Além disso, a disputa por melhores ferramentas de IA pode fomentar um novo capítulo no conflito econômico entre China e EUA, avalia. O analista da Empiricus Gestão faz uma menção a corrida espacial, durante a segunda metade do século 20, para exemplificar o que pode acontecer nos próximos anos.
“Quando a União Soviética lança o Sputnik, que foi o primeiro satélite artificial lançado pela humanidade, em 1957, os EUA não esperavam. Aquilo pegou os americanos de surpresa e eles viram que precisavam fazer alguma coisa para não ficar para trás na corrida espacial. A gente pode olhar esse momento do DeepSeek como se fosse um momento Sputnik 2.0”, disse Carvalho.
O especialista ainda detalhou o funcionamento da ferramenta chinesa, que consolida uma nova tendência para as IAs. “Esses modelos são capazes de raciocinar. Antes de te responderem de bate pronto, eles pensam na resposta, avaliam aquilo e no final te entregam uma resposta muito mais estruturada”, afirmou.
Carvalho comentou suas perspectivas sobre gigantes do setor como a OpenAI e a Meta, com detalhes sobre o desenvolvimento de novas tecnologias. Para acompanhar o programa na íntegra e ficar por dentro do mercado internacional acesse o canal do Money Times no youtube.
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