Tecnologia

DeepSeek copiou do ChatGPT? Veja o que a OpenAI disse sobre a inteligência artificial chinesa e o treinamento do chatbot

29 jan 2025, 15:22 - atualizado em 29 jan 2025, 15:34
DeepSeek, a Inteligência Aritifical (IA) criada na China e que compete com o ChatGPT, da OpenIA. (Fonte: Montagem MoneyTimes)
DeepSeek, a Inteligência Aritifical (IA) criada na China e que compete com o ChatGPT, da OpenIA. (Fonte: Montagem MoneyTimes)

A OpenAI teria descoberto evidências de que a startup chinesa DeepSeek usou modelos de inteligência artificial (IA) pertencentes à empresa americana para treinar seu próprio chatbot. As informações são do Financial Times. 

De acordo com a reportagem, uma fonte da criadora do ChatGPT informou ao jornal que a empresa achou algumas evidências de “destilação” — termo usado para uma técnica que consegue melhorar o desempenho de IAs menores com base em treinamentos de inteligências artificiais mais bem elaboradas —, que suspeita serem da DeepSeek.

A destilação é uma prática comum no setor, mas o receio é que a DeepSeek possa estar usando-a para construir seu próprio modelo rival, o que viola os termos de serviço da OpenAI.

O caso aumenta as preocupações envolvendo possíveis violações de propriedade intelectual. A OpenAI não quis dar mais declarações nem mais detalhes sobre suas evidências.

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OpenAI X DeepSeek

Voltando alguns passos, a DeepSeek é uma startup que lançou seu modelo de linguagem (LLM) mais moderno por uma fração do custo de outras IAs generativas.

Enquanto o ChatGPT 4.0 precisou de US$ 100 milhões para ser desenvolvido, o DeepSeek-V3 custou cerca de US$ 5,6 milhões, segundo a própria empresa chinesa.

Essa redução de custos se daria principalmente pelo uso de chips de gerações anteriores e um modelo de treinamento diferente, como o aprendizado por reforço e a arquitetura Mixture-of-Experts (MoE). 

Com isso, a tese de que o mercado precisaria de chips cada vez mais poderosos para ampliar as fronteiras do desenvolvimento da tecnologia da inteligência artificial foi colocada em xeque, fazendo empresas do setor perderem bilhões em valor de mercado

renan.sousa@moneytimes.com.br