Decolou: Ações de Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) sobem, após governo dizer ser ‘favorável à fusão’; entenda
As ações das companhias aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) operam em alta nesta terça-feira (28), após uma publicação da agência de notícias Reuters apontar que o governo federal é favorável à fusão entre as empresas.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que uma eventual fusão, fortaleceria o setor aéreo e evitaria que qualquer uma delas entrasse em colapso.
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“A prioridade nossa do governo é preservar a aviação do país, fortalecer. Mas, sobretudo, preservar a geração de empregos e renda”, disse Costa Filho em entrevista. “A possibilidade da fusão entre a Gol e a Azul é positiva para o fortalecimento da aviação brasileira.”
Por volta de 11h10, AZUL4 avançava 1,52%, a R$ 4,68.
Já GOLL4 sobe 3,51%, a R$ 1,77.
Fusão Azul x Gol: o que diz o governo?
Segundo a publicação, a fusão das duas companhias aéreas criaria uma gigante do setor na maior economia da América Latina, detendo cerca de 60% do mercado doméstico — acima do braço local da chilena Latam, que possui 40% de participação de mercado.
Essa potencial concentração levantou preocupações concorrenciais e dúvidas sobre possíveis aumentos de tarifas. O presidente-executivo da Latam, Jerome Cadier, disse ao jornal O Globo que um acordo exigiria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a imposição de “medidas de mitigação sérias”.
Para o ex-presidente do Cade Gesner Oliveira, “se a fusão for adiante, o maior perdedor será o consumidor”. “Nós precisamos de mais competição, não de menos”, disse.
Mas Costa Filho vê a situação de forma diferente. O ministro afirmou que uma fusão ajudaria ambas as empresas a sobreviver, preservaria empregos, permitiria menor custo de crédito e aumentaria a conectividade regional.
É válido mencionar que a ainda Gol está em recuperação judicial nos Estados Unidos, desde o início do ano passado, enquanto a Azul alcançou recentemente um acordo com arrendadores para eliminar obrigações em troca de participação acionária.
*Com informações de Reuters