Decisão do Fed desta quarta (14) pode beneficiar investidor brasileiro; entenda
A decisão de juros do Federal Reserve nessa quarta-feira é o grande assunto dos mercados globais no dia.
A expectativa dos investidores é que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, em inglês) mantenha a taxa de juros no atual patamar, entre 5% e 5,25%. Se confirmado, será a primeira manutenção desde março de 2022.
Caso esse cenário se confirme, Eduardo Grübler, gestor de renda variável da Warren, enxerga dois aspectos positivos para o investidor brasileiro:
- a via do câmbio; e
- a via do apetite de risco.
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No primeiro caso, conforme explica o gestor, os juros menores no exterior possibilitam a valorização do real frente o dólar. “A nossa moeda costuma andar junto da Bolsa, por isso que o dólar serve de referencial”, explica.
Grübler ainda pontua que, o real e a Bolsa têm andado juntos nos últimos meses. “A gente percebe que a valorização da moeda traz como consequência mais fluxo para a Bolsa”.
Além disso, aumento de apetite por risco é outro fator. “Juros estáveis e declinantes incentivam os mercados nos EUA e, consequentemente, no mundo todo”, avalia o gestor.
Bolsa em alta
Antonio van Moorsel, estrategista-chefe e sócio da Acqua Vero, também calcula que uma pausa no aumento de juros pelo Federal Reserve pode contribuir para a Bolsa brasileira.
Mas, segundo o especialista, esse encadeamento é reforçado por fatores domésticos, como a melhora na perspectiva fiscal, com aprovação do arcabouço na Câmara, e o fato da Bolsa estar barata.
“Historicamente, a bolsa realmente está muito barata”, avalia, devido a uma “melhora na percepção do risco fiscal e da proximidade do início do ciclo de cortes da taxa Selic”.
Para Moorsel, uma melhora para a Bolsa brasileira pode atrair o “investidor local e estrangeiro”.