Decisão do Copom de manter a Selic foi unânime e cita riscos à inflação
Foi unânime a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros em 13,75%, pela segunda vez seguida. O comunicado que acompanhou o anúncio trouxe poucas mudanças.
Ainda assim, o destaque ficou com a inclusão do ano de 2024 no “horizonte relevante” do Banco Central ao justificar a decisão de manter a Selic no patamar atual. No comunicado anterior, referente à reunião de setembro, o BC via uma relevância de “em grau menor” para o período mais longo.
Além disso, o Copom ressalta que os cenários para a inflação permanece com fatores de risco em ambas as direções, o que requer uma postura vigilante para avaliar se a estratégia de manutenção por período “suficientemente prolongado” será capaz de assegurar a convergência à meta.
Para o BC, apesar da queda recente dos preços, o índice oficial ao consumidor continua elevado. Desse modo, o Comitê julga que a incerteza em torno das “premissas e projeções” é maior que o usual.
Riscos para cima e para baixo
Ao mesmo tempo, o Copom avalia que a conjuntura requer “serenidade na avaliação dos riscos”. Entre os riscos de alta, o BC cita uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; as incertezas fiscais do país e o desempenho do mercado de trabalho.
Do lado da baixa, estão: uma queda adicional dos preços das commodities internacionais; a desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e a manutenção dos cortes de impostos projetados para serem revertidos em 2023.
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