Decisão contra prisão em segunda instância reafirma independência da Constituição, diz OAB no STF
O representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Juliano Breda afirmou nesta quinta-feira que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a execução da pena de prisão após condenação em segunda instância reafirma o sentido da Constituição e também demonstra independência e liberdade do Poder Legislativo sobre o tema.
A sessão de julgamento das três ações que discutem a possibilidade de revisão do atual entendimento do STF, que permite a execução da pena após segunda instância, foi suspensa nesta tarde após algumas sustentações orais. Ainda haverá outras manifestações nesta quinta.
O julgamento propriamente dito, com os votos dos ministros, ficará para a próxima quarta-feira.
O ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff e um dos advogados que se manifestou pelo PCdoB, um dos partidos que moveu uma das ações, José Eduardo Cardozo, criticou a prisão em segunda instância e disse que é preciso resolver a questão do sistema prisional brasileiro para se acabar com a impunidade.
“Ou nós resolvemos o problema no sistema prisional do país ou não parará a impunidade”, disse ele, para quem não é prendendo que se resolve o problema — vai é agravá-lo.