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Debêntures incentivadas: Vale investir ao som dos canhões? Prefira papéis líquidos

13 mar 2023, 15:28 - atualizado em 13 mar 2023, 15:28
Navio, importação, exportação, comércio exterior
Debêntures incentivadas: Investidor não paga imposto de renda ao emprestar dinheiro para empresas envolvidas em projetos de infraestrutura. (Imagem: Min. Infraesturura/Diego Baravelli)

As debêntures incentivadas estão pagando juros maiores aos investidores em 2023. Mas isso não quer dizer que somente a taxa de rentabilidade importa. Afinal, todo mundo acompanha o que acontece com quem emprestou dinheiro para a Americanas (AMER3).

Fazendo a seleção de títulos de dívida com maior liquidez e menor risco de crédito pelas empresas emissoras, é possível obter ganhos acima dos títulos públicos indexados à inflação.

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Esses títulos públicos negociados no Tesouro Direto, conhecidos como Tesouro IPCA+ ou NTN-B, oferecem taxas de remuneração elevadas no momento, entre 6% e 6,5% ao ano acima da inflação.

No entanto, não é nada fácil para o investidor pessoa física separar o joio do trigo na hora de escolher uma debênture incentivada, título de renda fixa sem cobrança de imposto de renda, evitando segurar um mico ou risco de tomar calote.

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Carteira de debêntures incentivadas

A Ativa Investimentos recomenda uma carteira de debêntures incentivadas composta por cinco títulos de empresas de diferentes setores (petróleo, rodovias, energia, telecomunicações e portos) e com elevada nota de crédito por empresas de classificação de risco e maior liquidez no mercado.

O percentual de exposição a cada debênture foi ajustado para a duration do portfólio se manter entre cinco e seis anos, com a faixa de vencimentos variando de seis a 14 anos.

Emissor Código Vencimento Nota de crédito Alocação(%)
PRIO PEJA11 15/08/2032 AA+ (S&P) 25
Holding do Araguaia HARG11 15/10/2036 AAA (S&P) 15
Eneva ENEV19 15/09/2032 AAA (Fitch) 25
Brisanet BRST11 15/03/2028 A+ (S&P) 20
Itapoá ITPO14 15/11/2036 AA (Moody’s) 15
Total 100

O índice de referência da carteira é o IMA-B5, uma carteira teórica de Tesouro IPCA+ com vencimentos de até cinco anos. Entre 2003 e 2021, o IMA-B5 superou o CDI por 16 anos.