Debate sobre ‘partilha justa’ das Big Techs deve dominar conferência em Barcelona
Uma discussão entre as grandes empresas de tecnologia, as chamadas Big Techs, e as empresas de telecomunicações da União Europeia sobre quem financiará a nova infraestrutura de rede deve dominar os debates na maior conferência de telecomunicações do mundo nesta semana.
Mais de 80.000 pessoas, incluindo executivos de tecnologia, agentes de inovação e reguladores, devem comparecer ao Mobile World Congress (MWC) neste ano em Barcelona.
Um dos líderes da indústria de telecom da UE, Thierry Breton, lançou na quinta-feira uma consulta sobre suas propostas de “partilha justa”, sob as quais as plataformas de Big Tech arcariam com mais custos dos sistemas que lhes dão acesso aos consumidores.
Espera-se que representantes de empresas como Alphabet, Meta e Netflix usem a conferência como uma plataforma para contestar as propostas da UE.
Provedores de conteúdo como a Netflix, que conseguiu que seu CEO Greg Peters se encontrasse com Breton na conferência, argumentam que suas empresas já investem pesadamente em infraestrutura.
Eles dizem que pagar taxas adicionais diminuirá o investimento em produtos que beneficiam os consumidores.
Por outro lado, empresas como Deutsche Telekom, Orange, Telefonica e Telecom Italia têm atuado ativamente para que as Big Techs paguem as taxas.