Debandada no Bradesco (BBDC4)? Vice-presidente de atacado renuncia dias após troca de CEO

Poucos dias após anunciar a troca de CEO, o Bradesco (BBDC4) recebeu a renúncia de Eurico Fabri ao cargo de vice-presidente executivo responsável pela área de atacado da companhia.

As informações foram obtidas pelo Valor Econômico e, segundo o jornal, confirmadas pelo banco.

Fabri ingressou no Bradesco em 2008, mas foi em 2017 que passou a integrar a diretoria executiva da instituição. Desde o início do ano, o executivo ocupava o comando do atacado da companhia.

Na última semana, o Bradesco anunciou via fato relevante a promoção de Marcelo Noronha como novo CEO da empresa, em substituição a Octavio de Lazari Junior.

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A notícia foi bem recebida pelo mercado. Além da vasta experiência de Noronha na empresa, analistas da Eleven Financial avaliam que o novo  CEO tem o que é necessário para o plano de transformação do Bradesco. O diretor de research da instituição, Carlos Daltoz, diz que a escolha do nome para presidir o Bradesco foi “a melhor possível”.

“O executivo tem o perfil para comandar uma transformação necessária ao segundo maior banco do Brasil”, defende.

O BTG Pactual destaca o caráter “único” no Bradesco diante da mudança. A empresa conta com outros poucos CEOs em sua história, e o movimento de troca na diretoria é claramente uma reação da empresa à performance fraca nos últimos anos.

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A última temporada de resultados deu sinais de recuperação em algumas linhas do Bradesco. O banco, que entregou um lucro líquido recorrente de R$ 4,62 bilhões no período, atendeu algumas expectativas, mas ainda mostrou um balanço fraco na linha das receitas.

A maioria das casas segue mais cautelosa em relação às ações do Bradesco, dado o cenário ainda nublado para o banco.

A Genial Investimentos, por exemplo, enxerga tendências de melhora “bem mais lentas” no balanço do terceiro trimestre. Em linha semelhante a outras instituições, a corretora acredita que os números indicam que o Bradesco enfrentará desafios relevantes na retomada do crescimento da margem financeira com clientes e da carteira de crédito de forma rentável.

*Com informações do Valor Econômico.