De volta no Brasil e com nova presidência, Bolsonaro deve ter salário de R$ 80 mil
Jair Bolsonaro deve estar de volta em solo brasileiro na quinta-feira (30). Após deixar o país dois dias antes de encerrar seu mandato, a previsão é de que o ex-presidente deixe Orlando por volta das 21h55 na noite do dia 29 de março, e desembarque na capital federal na manhã do dia 30.
Com o retorno, Bolsonaro deve assumir outra presidência, a de honra do Partido Liberal (PL), o que irá render ao ex-presidente R$ 41,6 mil de salário. Com isso, o capitão deve passar a receber pouco mais de R$ 80 mil bruto por mês, segundo o jornal O Globo.
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O salário será composto por três fontes de renda do ex-presidente. São elas:
- R$ 41,6 mil do cargo no PL;
- R$ 11.945,49 brutos mensais por ser Capitão reformado do Exército;
- R$ 30 mil da aposentadoria pelo tempo como deputado federal, aprovada por Arthur Lira, presidente da Câmara.
O que esperar do retorno de Bolsonaro
Segundo a colunista Bela Megale, do O Globo, a equipe do ex-presidente avalia se será feita uma manifestação pública após o retorno ao Brasil.
Ainda, pessoas próximas afirmam que não há nenhuma relação com a data do retorno e a viagem de Lula à China — que estava prevista para o último domingo (26), mas foi adiada devido à condição de saúde.
O PL quer que Bolsonaro rode o país, a fim de utilizá-lo para impulsionar o número de políticos afiliados ao partido no comando das prefeituras, nas eleições de 2024.
Bolsonaro poderá se eleger?
Em evento com brasileiros nos EUA, ele afirmou ainda acreditar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode torná-lo inelegível. No momento, Bolsonaro responde a 15 ações que podem cassar seus direitos políticos.
Entre as ações, o ex-chefe do Executivo é investigado por espalhar acusações sobre supostas fragilidades do sistema eleitoral a embaixadores de outros países. Bolsonaro, porém, não apresentou nenhuma prova sobre as afirmações.
Questionado por apoiadores, Bolsonaro expressou que uma eventual prisão aconteceria apenas em uma situação extraordinária. “Existe essa possibilidade de inelegibilidade, sim. A questão da prisão, só se for uma arbitrariedade”, afirmou.
Em entrevista ao The Wall Street Journal, Bolsonaro disse não ter certeza se voltará a concorrer à presidência e que vai focar mais em um papel de liderança entre os conservadores no Brasil, uma vez que o “movimento de direita não está morto”.
Ele ainda esclareceu que a indefinição da data de retorno ao Brasil se deve à possibilidade de prisão. “Uma ordem de prisão poderia vir do nada”, disse o ex-chefe do Executivo ao mencionar o episódio da prisão de Michel Temer, em 2019.
* Com Zeca Ferreira