Dê tchau para a ação da Oi, diz Credit Suisse
As ações da Oi (OIBR3; OIBR4), com queda de aproximadamente 50% em 2018, não estão ficando baratas. Este é o mote da análise do Credit Suisse, que em um relatório divulgado nesta terça-feira (11) parece ter jogado a toalha sobre o investimento na tele.
O preço-alvo foi cortado de R$ 2,40 para R$ 1,30 em 12 meses para as OIBR3. O valor é praticamente o mesmo do negociado atualmente.
Os analistas Daniel Federle, Felipe Cheng e Juan Pablo Alba explicam que a pressão sobre os papéis também tem uma razão mais técnica: a recente emissão de direitos de subscrição associados ao aumento de capital de R$ 4 bilhões, que basicamente dobrará o valor de mercado da Oi dentro de poucos dias.
“Os investidores que não estão interessados em aumentar suas posições têm vendido seus direitos e/ou ações”, indicam.
Nada no horizonte
O banco destaca, contudo, que embora a pressão técnica desapareça gradualmente e o fraco desempenho das ações provavelmente diminua, não há razão para acreditar que uma forte recuperação seja o cenário mais provável.
As tendências operacionais também continuam fracas, a concorrência intensa e aprovação do novo marco de Telecomunicações provavelmente indo para 2019 e atrasando possíveis movimentos de fuões e aquisições para 2020.
Além disso, o fluxo de caixa negativo da Oi não oferece um claro suporte para a avaliação.