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De olho no mercado financeiro e nas vacinas? Veja 4 cenários para a imunização no Brasil

15 mar 2021, 22:13 - atualizado em 15 mar 2021, 22:13
EUA, Vacinas
O levantamento leva em conta o tempo necessário para vacinar o conjunto de 33 milhões de brasileiros entre profissionais de saúde e idosos acima de 60 anos (Imagem: REUTERS/Jeenah Moon)

A lentidão do processo de vacinação contra o coronavírus no Brasil, tanto por motivos políticos e logísticos, tem frustrado as expectativas dos economistas e do mercado financeiro sobre a capacidade de saída da crise.

É também com esta elevada incerteza que investidores atrasam as suas compras na Bolsa, ou as antecipam. Pensando neste vai-e-vém de informações desencontradas, a XP Investimentos traçou quatro cenários para a imunização no País.

“Assumimos um conjunto de hipóteses diferentes e estimamos a data para vacinação total. Fica a ressalva que não consideramos também as perdas normais que ocorrem durante transporte, armazenamento e manuseio”, explicam Alexandre Maluf e Victor Scalet, que assinam o estudo.

O levantamento leva em conta o tempo necessário para vacinar o conjunto de 33 milhões de brasileiros entre profissionais de saúde e idosos acima de 60 anos, ou seja, 66 milhões de doses.

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Possibilidades

No primeiro cálculo, o mais pessimista, o ritmo vagaroso atual é mantido. Assim, a meta seria batida em 19 de agosto.

A segunda estimativa considera que, a partir de 1º de abril, o Brasil irá dobrar as vacinações diárias. O total seria alcançado em 7 de junho.

O terceiro cenário assume uma vacinação crescente até chegar a 1 milhão de doses por dia em 1º de abril e mantida estável a partir daí.

“Este ritmo seria levemente superior ao que tivemos na vacinação contra H1N1 e factível, caso haja oferta de vacinas e esforço federal. A vacinação para o grupo selecionado seria completada no dia 14 de maio”, analisa a XP.

Por fim, na avaliação otimista, a corretora projeta o fim desta fase mais imediata em 9 de abril.

“Aqui consideramos também a aplicação em março das vacinas recebidas mas não aplicadas em janeiro e fevereiro”, conclui a XP.