De olho na Selic e na confiança do consumidor? Veja as projeções do UBS
O UBS publicou relatório sobre a América Latina, destacando a confiança do consumidor no Brasil e a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) nesta semana.
A equipe de análise da instituição suíça, composta pelos economistas Rafael de La Fuente, Tony Volpon e Fabio Ramos, acredita que a confiança do consumidor deverá mostrar leve queda de 0,6% na base mensal de comparação.
Cortar a Selic é o que resta agora
“Índices de confiança terminaram 2018 indicando perspectiva melhor após a temporada de volátil das eleições. No entanto, a situação se deteriorou desde janeiro, devido à ruptura da produção de minério de ferro, a incerteza em relação ao timing e ao tamanho das reformas macroeconômicas no Brasil e ao agravamento das ambiente de crescimento global”, afirma o UBS.
O banco destaca que todos estes fatores significam deterioração das condições financeiras domésticas, resultando em performance inferior do mercado acionário, menor PIB (Produto Interno Bruto) de curto prazo e perspectiva mais pessimista de crescimento.
A expectativa do UBS para o nível de produto de 2019 é de 1%. Já para 2020, as projeções são de alta de 2,2%.
Copom em foco
Em relação a Selic, o UBS vê inércia. “Esperamos que o Banco Central do Brasil permaneça com a política monetária inalterada, com a Selic em 6,5% ao ano”, dizem os economistas.
Por fim, a instituição suíça destaca que a situação econômica atual está melhor do que há 12 ou 24 meses e que a expectativa de inflação está inferior. “A meta para inflação deverá cair de 4,25% nesse ano para se encerrar em 4% em 2020, 3,75% em 2021 e possivelmente 3,5% para 2022”, completa o UBS.