De momento, dólar enfraquecido e soja reforçada não ajudam ninguém no mercado
O dólar voltou a cair. A soja voltou a subir.
A dobradinha não funciona bem no momento para os negócios.
Pelo lado do câmbio, a divisa forte mais fraca tira mais ainda os importadores do mercado. As compras ficam mais cara. Ao passo que os exportadores têm uma receita menor.
Pelo quarto pregão consecutivo de desvalorização da moeda americana – hoje chegou até a subir, mas voltou à baixa, agora em menos 0,18%, a R$ 5,09, às 15h30 -, coincide com duas altas seguidas da oleaginosa em Chicago, encarecendo mais as compras.
Além dos ganhos desta sexta (13), em cotação de março que abriu em alta, foi para a tabela negativa, virou, e caminha para terminar o dia acrescida. Neste horário, está em US$ 15,26, a mais 0,49%.
Embora os últimos números da oferta mundial sejam favoráveis à manutenção de preços mais elevados do grão, o principal importador, a China, não está com pressa, inclusive por estar chegando o período férias do Ano Novo Lunar.
A expectativa de que seja mantida a flexibilização do combate à covid, proporcionando andamento da economia e do consumo, ainda esbarra em incertezas.
E nessas condições de a oferta global começando a se concentrar mais no Brasil e na Argentina, nem China, nem outros estão ávidos, mesmo que as notícias do país vizinho sejam menos animadoras que os 4 milhões de toneladas que o USDA cortou a oferta.
Isso também não estimula o produtor brasileiro a negociar no momento, inclusive porque os prêmios portos estão sem força. Vai esperar novas altas.
Se o importador espera a safra brasileira andar mais e torce para a oferta da Argentina não sofrer corte mais drástico, o vendedor aposta no oposto.