Eleições

De guru de autoajuda a empresário: Quem são os participantes das eleições dos EUA e como elas funcionam?

15 jan 2024, 12:53 - atualizado em 15 jan 2024, 12:53
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Iowa será o primeiro Estado a decidir os presidenciáveis (Imagem: Reuters)

Na segunda-feira (15), os cidadãos do Estado de Iowa, nos Estados Unidos (EUA), darão o primeiro passo em direção às eleições no país, que começarão esse ano. As primárias são o começo de um período complexo, que sempre atrai os olhares do público.

Mas quem são os candidatos à presidência de uma das maiores economias do mundo e como esse processo é feito?

Os candidatos à presidência dos EUA

A política do país é baseada principalmente em dois partidos: Democrata e Republicano. Outros candidatos também podem concorrer à presidência do país através de partidos independentes ou menores, mas as chances de vitória são muito pequenas.

Pelo lado dos republicanos, há os seguintes candidatos nas primárias:

  • Donald Trump

O ex-presidente do país lidera as pesquisas. De acordo com a Reuters/Ipsos, o candidato tem uma preferência de 49% na corrida eleitoral. Entretanto, nem tudo são flores para Trump, já que ele enfrenta 91 acusações em quatro processos eleitorais e seu nome foi retirado das cédulas de dois Estados, Colorado e Maine. Essa medida ainda precisa ser analisada pela Suprema Corte, mas independente do resultado ela será adotada por todo o país, ou seja, seu nome pode ser retirado das cédulas de todo o país.

  • Nikki Haley

É ex-governadora da Carolina do Sul e foi ex-embaixadora da ONU durante o governo de Trump. Ela apresenta 12% de aprovação na corrida eleitoral.

  • Ron Desantis

Ron é governador da Flórida e apresenta 11% de aprovação nas pesquisas.

  • Asa Hutchinson 

Ex-governador do Arkansas, lançou candidatura à Casa Branca como alternativa a Trump.

  • Vivek Ramaswamy 

Ramaswamy é ex-investidor e executivo em biotecnologia, ele apoia teorias da conspiração e nega o aquecimento global. Com 4% de apoio, Vivek também acredita que o ataque ao Capitólio dos EUA foi um trabalho interno.

Já pelos democratas, os principais são:

  • Joe Biden

Com 35% de apoio, o atual presidente dos Estados Unidos busca a reeleição com Kamala Harris novamente sendo sua vice. As chances de vitória enfrentam alguns obstáculos, principalmente no setor econômico, pois Biden enfrentou críticas à inflação do país, que atingiu níveis máximos em 40 anos em 2022. A posição nas guerras entre Ucrânia e Rússia e Israel e Palestina também geram questionamentos dentro do país.

  • Marianne Williamson

Marianne é guru de autoajuda. Essa é sua segunda vez concorrendo à presidência do país.

  • Dean Phillips

Phillips é empresário e cofundador de uma empresa de sorvetes. Apesar de estar no mesmo partido de Biden, ele não acredita que o presidente pode ganhar na corrida.

Entre os candidatos independentes estão Robert F. Kennedy Jr., filho de Robert F. Kennedy, é antivacina e espalhou desinformação sobre a Covid-19. Além dele, Cornel West também concorre e busca atrair os eleitores mais democratas.

Como é o processo das eleições nos EUA?

Agora, o que ocorrem são as primárias. Nesse período, os eleitores escolhem um candidato e delegados, aqueles que irão se comprometer a votar no pré-candidato vencedor do Estado.

Também há outro tipo de votação: os caucus. Enquanto as primárias se assemelham ao que é comum para uma votação, com cédulas e contagem de votos, os caucus são reuniões em espaços públicos, como escolas, onde há debates sobre os candidatos e outros temas.

Esses encontros começarão às 19h no horário local de Iowa, ou às 22h no horário de Brasília.

Há também a Super Terça-Feira, período em que vários Estados realizam votações simultâneas, que ocorre em 5 de março este ano.

O período em si das eleições, com apenas dois candidatos, começa em 5 de novembro. Nessa data, os delegados, escolhidos para votar no Colégio Eleitoral votam com base no que o Estado elegeu e escolhem o presidente e o vice. Cada delegado representa 1 voto no Colégio.

Caso um presidenciável ganhe naquele Estado, ele leva todos os delegados que foram escolhidos para o local (a definição ocorre com base em população e número de parlamentares desses Estados no Congresso), sistema chamado de “The Winner Takes It All”. Um presidenciável precisa da maioria dos votos do Colégio Eleitoral, ou seja, 270 entre os 538.

Dois Estados não seguem essa linha, Maine e Nebraska, lá os delegados são divididos de formas diferentes. Olhando no geral, essa situação faz com que um candidato possa vencer na votação popular, mas não ganhar a corrida.

Outro ponto que assusta nas eleições é a escolha em Estados que muitas vezes não tem um representante certo, os “swing states”, ou Estados pêndulo. Enquanto alguns, como Flórida, já tem uma linha política clara que apenas se concretiza na hora da votação, outros não.

Neste ano, os principais swing states são: Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Minnesota, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin.

No país, o voto é facultativo e o dia de eleições não é feriado. Os eleitores podem enviar seus votos pelo Correio ou antecipá-los, além de poder comparecer às urnas presencialmente.

A população também deverá escolher os governadores, prefeitos, e vagas da Câmara dos Representantes e do Senado, além do presidente e vice-presidente.

No dia 20 de janeiro de 2025, o presidente escolhido tomará posse.

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