De Beers ganha tempo para fechar acordo de diamantes na África
A De Beers vai prorrogar por mais um ano seu acordo de uma década com Botswana, onde a empresa vende diamantes das melhores minas do mundo. Desta forma, as partes ganham tempo para chegar a um novo acordo.
O atual deveria terminar este ano, mas as duas partes informaram que os desafios logísticos trazidos pela pandemia do coronavírus impõem a necessidade de mais tempo para negociar um novo acerto.
O acordo entre a maior produtora mundial de diamantes e o país africano foi motivo de tensão no passado. A negociação do último acordo demorou anos e forçou a De Beers a transferir todo o pessoal de vendas e triagem de diamantes de Londres para a nação localizada no sul da África.
A unidade da Anglo American extrai diamantes em Botswana há meio século. A empresa encontra as pedras por meio de uma joint venture com o governo local chamada Debswana e tem direitos exclusivos de vendê-las.
O acordo é crucial para ambos os lados: Botswana responde por mais de dois terços da produção da De Beers enquanto 90% das exportações do país dependem dos diamantes.
A prorrogação se dará sob os termos do acordo existente, informou a De Beers em comunicado divulgado na terça-feira. A companhia oferece as joias por meio de 10 vendas anuais na capital, Gaborone, e os compradores geralmente precisam aceitar o preço e as quantidades oferecidas.