Do agronegócio à tecnologia: veja as small caps favoritas de 12 analistas para enfrentar outubro
Setembro foi marcado, mais uma vez, por uma queda generalizada dos mercados. O Ibovespa desabou 7,29% enquanto o índice de small caps, que reúne empresas com valor de mercado baixo mas com grande potencial de retorno, caiu 6,43%.
A maior abertura econômica e o bom ritmo de vacinação não foram suficientes para levantar o ânimo dos investidores. O problema, dizem os analistas, está nas projeções de crescimento para 2022.
A Ágora Investimentos lembra que o PIB (produto interno bruto) mostrou heterogeneidade: crescimento no setor de varejo e serviços e queda no setor industrial.
“Essa performance tem alguns problemas que se prendem ainda à pandemia, como por exemplo, o desajuste da cadeia de oferta que afeta os bens industriais”, afirma.
O BB Investimentos aponta que o ajuste de expectativas para 2022 ocorreu de forma mais acelerada, e os cerca de 20 mil pontos de correção da precificação do Ibovespa desde seu pico veio junto com a queda da mediana das estimativas para o PIB do ano que vem para 1,57%.
“O movimento também foi acentuado pelo agravamento da percepção de risco e elevação dos prêmios”, afirma.
Para o BTG, todo o debate sobre como lidar com o pagamento dos precatórios e a possível extensão do pacote de auxílio emergencial continuam pesando sobre os mercados.
“Além disso, o aumento da inflação e as perspectivas de um ciclo de aumento das taxas de juros maior do que o inicialmente previsto também são motivos para perspectivas econômicas mais difíceis para 2022. Para tornar as coisas ainda mais complicadas, uma crise global de energia está se aproximando”, aponta.
No caso das small caps, o cenário também não é tão favorável. Até o momento, o suporte em torno dos 2.660 pontos do índice small caps continua respeitado, mas o conjunto sinaliza um provável rompimento para baixo, aponta o BB.
“Embora menos provável, uma reversão de alta seria possível se o índice superar os níveis de 2.744 e 2.810 pontos”, completa.
Para sobreviver a esse cenário de turbulência, não tem jeito: é necessário ter uma carteira com boas empresas. Pensando nisso, o Money Times realizou levantamento com 12 analistas para descobrir as melhores ações small caps.
No total, 69 ativos foram recomendados pelo menos uma vez, entre units, ações preferenciais e ordinárias. Esse conjunto de papéis somou 97 indicações.
A mais recomendada
Neste mês, quatro ações dividem o pódio de papel mais indicado: Méliuz (CASH3), Jalles Machado (JALL3), Petz (PETZ3) e Soma (SOMA3), com três indicações cada.
Segundo a Ágora, a estratégia da Méliuz parece estar mudando para ser mais do que “apenas” uma plataforma de cashback, para se tornar um ecossistema completo que ajuda os clientes em sua jornada de compras online.
“Com a recente queda das ações, vemos a empresa com robusto potencial de valorização, e seguimos positivos em nossa tese, pois as tendências de geração de receita permanecem sólidas, uma vez que a empresa continua a investir em sua equipe e plataforma”, aponta.
No caso da Jalles Machado, o Santander lembra que a companhia reportou ótimos resultados nos últimos trimestres.
“Nossa visão positiva da empresa se baseia em seu portfólio não comoditizado de produtos de açúcar e etanol (açúcar orgânico e álcool gel 70%) e ótima produtividade na área agrícola com 100% de cana própria”, afirma.
Para a Guide, a Petz ainda possui muitas oportunidades de crescimento nos próximos meses, como continuidade da sua estratégia de expansão de lojas e maior investimento em omnichanel.
“As ações da companhia vêm apresentando desempenho positivo desde a sua abertura de capital em setembro, o que pode ser justificado pelo case de sucesso da Petz”, aponta a corretora.
Por fim, para a Soma, o BTG recorda que a empresa se beneficia de um forte momento operacional, com elevado performance no consumo de vestuário, especialmente entre os consumidores de renda mais alta.
“A principal força da proposta de valor do Grupo Soma é sua expertise na gestão de diferentes marcas”, completa.
Participaram do levantamento: Ágora, BB Investimentos, BTG Pactual, Nu Invest, Elite, Genial, Guide Investimentos, Itaú BBA, Mirae, Santander, XP Investimentos e Terra.
O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.
Veja as mais indicadas:
Empresa | Código | Indicações |
---|---|---|
Méliuz | CASH3 | 3 |
Jalles Machado | JALL3 | 3 |
Petz | PETZ3 | 3 |
Soma | SOMA3 | 3 |
PetroRio | PRIO3 | 2 |
Randon | RAPT4 | 2 |
3R Petroleum | RRRP3 | 2 |
Aeris | AERI3 | 2 |
Arezzo | ARZZ3 | 2 |
CSU | CARD3 | 2 |
Embraer | EMBR3 | 2 |
Ferbasa | FESA4 | 2 |
Fleury | FLRY3 | 2 |
Intelbras | INTB3 | 2 |
Irani Papel e Embalagem | RANI3 | 2 |
Ômega Energia Renovável | OMGE3 | 2 |
Sanepar | SAPR4 | 2 |
Santos Brasil | STBP3 | 2 |
Simpar | SIMH3 | 2 |