Retrospectiva 2023

De Aché a Temer: Os episódios que marcaram o Market Makers em 2023

31 dez 2023, 17:16 - atualizado em 31 dez 2023, 22:39
Thiago Salomão Market Makers
Além da produção de conteúdo, o fundo de ações Market Makers FIA terminará o ano com rentabilidade de 32%

O Market Market, ligado ao mesmo grupo do Money Times, encerra o ano enfileirando conquistas, segundo o seu fundador, Thiago Salomão.

Foram centenas de episódios, que trouxeram a visão dos maiores gestores, economistas e CEOs do mercado, além do ex-presidente Michel Temer, entrevistado especial que marcou presença para a comemoração de aniversário de 14 anos da Empiricus Research.

O podcast terminou o período com 400 mil pessoas impactadas, seja por Youtube, podcast ou newsletter.

“A audiência do Youtube foi porrada, nosso canal mais do que triplicou. Em novembro eram 180 mil espectadores recorrentes, contra 12 mil do final de 2022, 15 vezes mais. Acho que isso se deve não só a qualidade dos convidados, mas também pela relevância do conteúdo”, coloca.

Além da produção de conteúdo, o fundo de ações Market Makers FIA terminará o ano com rentabilidade de 32%, 13 pontos a mais do que o Ibovespa.

“Rentabilidade muito maior que a média dos fundos de ações. E nosso fundo tem apenas 14 meses. O fundo ainda é pequeno, tem 180 cotistas e pouco mais de R$ 5 milhões sob gestão, mas de julho para cá ele mais que dobrou de tamanho”, discorre.

Para 2024, Salomão está confiante, já que a queda dos juros deverá trazer ainda mais investidores para a bolsa de valores.

“Estamos bem otimistas que mais pessoas vão querer ir para bolsa e consumir esse tipo de conteúdo. A gente tem esse espaço para aproveitar. Chegará uma nova pessoa que criará uma nova área no Market Makers, uma das novidades que teremos ao longo do ano”, discorre.

Veja a seguir os episódios que mais marcaram o podcast.

Michel Temer: O momento e o futuro do Brasil – #73

O Brasil está destinado a crescer cada vez mais, com reformas consolidadas e um arrefecimento da radicalização política, segundo o ex-presidente Michel Temer.

A colocação foi feita em entrevista realizada nesta quinta (30), em São Paulo, nos estúdios do grupo Empiricus.

Temer conversou com o CIO e fundador da Empiricus, Felipe Miranda; Rafael Favetti, fundador da Fatto Inteligência Política; e com Salomão.

“Economia é quase tudo no país”, afirma o constitucionalista, explicando sobre quando recrutou Henrique Meirelles para a Fazenda, bem como Ilan Goldfajn para o Banco Central. Sob o governo Temer, o Brasil saiu de um PIB negativo de para 5,4%, para um PIB positivo de 1,8%.

O resultado veio na esteira de várias reformas no país, como a trabalhista e a Previdência, entre outros ajustes fiscais. Não à toa, Temer se tornou um dos ex-presidentes mais prestigiados pelo mercado. “Acho que serei visto como alguém que teve a coragem de reformatar o país”, afirmou, indagado sobre como pensa que será visto daqui 100 anos.

Sobre as medidas do governo Lula para a economia, como o novo teto fiscal, Temer diz que não houve efetivamente uma grande mudança: “Não conseguiram eliminar o teto -readaptaram ele. É aquela velha história: não se pode prestigiar o passado, então agora se chama ‘arcabouço fiscal”, afirma.

Desvendando fraudes e encontrando boas empresas: Uma aula com Aché e Florian – #60

Um dos maiores e mais tradicionais gestores do mercado, Guilherme Aché, da Squadra, foi o convidado do podcast Market Makers. Na entrevista, além de falar sobre as principais estratégias de investimentos, Aché deu pinceladas na tese das estatais.

“Já ganhei e perdi dinheiro em estatais, mas não vale a pena a dor de cabeça, odeio ir para Brasília para falar com político, conforme fico mais velho fico mais distante delas, nos últimos três anos”, desabafou.

Ele lembra que quem investiu em Petrobras (PETR4) ganhou dinheiro, mas não é investimento que dá para carregar por muitos anos. “Costuma ser tiro curto de no máximo dois anos, morrendo de medo”, completa.

Já Florian Bartunek, sócio fundador da Constellation, que também participou do programa, disse que a vantagem da estatal é que ela não quebra.

“Quem comprou Petrobras há 20 anos não ganhou igual outras empresas privadas (ex: Raia Drogasil (RADL3) e Localiza (RENT3)) mas também não quebrou, então existe essa vantagem (não acerta muito mas não erra muito), e dividendos pode compensar (não precisa ser em Petro, pode ser Cemig (CMIG4) e Copel (CPLE6), e tem gente que compõe patrimônio assim)”, coloca.

Daniel Goldberg: Segredos de investimentos de um fenômeno do mercado – #55

Daniel Goldberg, um fenômeno do mercado, é um personagem diferente dos que estamos acostumados a trazer no Market Makers. A começar pela formação (direito) e pelo primeiro “emprego” ter sido como secretário de direito econômico do ministério da justiça no Lula 1, entre 2003 e 2006.

De lá, foi pro Morgan Stanley Brasil, onde tornou-se presidente do banco. Saiu para criar uma gestora que logo foi comprada pela gigantesca Farallon, na qual ficou por 10 anos.

Saiu em 2022 para fundar sua atual gestora, a Lumina, que tem US$ 1,2 bilhão em ativos sob gestão e está em vias de tornar-se sócia da Verde Asset, de Luis Stuhlberger.

A longa duração do episódio (3 horas!!) não foi a toa: Goldberg explodiu nossas mentes ao explicar como funciona sua metodologia de focar no “por que investir” ao invés do “no que investir”.

Ele explicou ainda por que o ministro Haddad “merece palmas” pelos avanços recentes – mas por que isso não lhe tira a preocupação sobre o futuro do fiscal do Brasil -, o que falta para fechar a operação de sociedade com Stuhlberger e qual foi seu grande aprendizado com o desastre do seu primeiro investimento na carreira.

‘Buffett de Londrina’ dobra aposta em Bradesco (BBDC4), enquanto vê BB (BBAS3) com piora de cenário – #59

Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) são dois bancos com comportamentos antagônicos na bolsa. Enquanto o primeiro viveu um verdadeiro inferno astral, com piora de resultados e queda das ações, o segundo conquistou investidores, entregando uma rentabilidade maior que bancos privados.

Porém, esse cenário pode estar prestes a mudar. Em episódio do Market Makers, Cesar Paiva, fundador da Real Investor, diz que apesar de ainda possuir Banco do Brasil na carteira, vê o cenário um pouco pior para estatal.

Paiva é fissurado em Warren Buffett e aplica value investing, estratégia de investimento que aposta no potencial de valor das empresas a longo prazo, com rigor.

“Dois anos atrás, o filme para Banco do Brasil era muito bom, negociando a metade do valor patrimonial, uma carteira muito boa, tinha nuvem preta que era questão da interferência política, que acabou não acontecendo”, relembra.

Margem Equatorial: Ambientalismo atrasado é recorrente nos governo do PT, diz Adriano Pires – #64

Adriano Pires, fundador do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) e um dos maiores especialistas de petróleo e gás do Brasil, defendeu a exploração da chamada Margem Equatorial, região que engloba as bacias sedimentares do litoral do Rio Grande do Norte ao Amapá, e criticou o que chamou de ‘ambientalismo atrasado’ de certos setores do PT. As falas foram feitas durante episódio do Market Makers.

“Eu brinco, tem o Amapá, uma rua, e depois a Guiana, e na Guiana só Exxon descobriu 5 bi de reserva, devem ter 10 bi de reserva, sendo que o pré sal tem 14 bi barris, e aquilo está transformando a Guiana, agora o Suriname está fazendo a mesma coisa, por que não podemos fazer no Brasil? Para mim isso é surreal e essa história do meio ambiente é recorrente nos governos do PT”, explica.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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