Dólar cai a R$ 4,74 na abertura, com juros altos e busca por commodities
O dólar caía 0,22% na abertura do pregão desta quarta-feira (30), a R$ 4,7456, seguindo a trajetória de alívio do câmbio observada desde o início do ano.
O alto patamar dos juros domésticos –atualmente em 11,75%– e a disparada dos preços das commodities desde o início da guerra na Ucrânia têm sido fatores de forte pressão negativa sobre o dólar.
No acumulado de 2022, a divisa cerca de 14,7% ante o real, cujo desempenho no período é o melhor do mundo.
Para o BB Investimentos, a expectativa da permanência de valorização das commodities no médio prazo, refletindo as questões de choque de oferta, reafirmam a tendência dessa de entrada de fluxo estrangeiro no país.
O dia amanheceu misto nos mercados externos, com investidores avaliando a real disposição da Rússia em desescalar as agressões contra a Ucrânia e avançar em direção a um acordo de paz, apesar de relatos de ambos os lados de que as conversas de ontem teriam tido sinais positivos.
Fique de olho
Há pouco, a FGV informou que o IGP-M desacelerou para 1,74% em março, após alta de 1,83% em fevereiro, mas ficou acima das estimativas. Com o acumulado em doze meses ficando em 14,77%.
Além disso, o Tesouro divulgará o Resultado Primário do Governo Central para fevereiro, que deve mostrar déficit, segundo as estimativas do mercado, revertendo o forte superávit de R$ 76,5 bilhões em janeiro-22.
Estão agendadas para o dia a divulgação da preliminar de março do CPI da Alemanha, e, nos EUA, a pesquisa ADP de criação de empregos privados (mar22), a terceira leitura do PIB do 4ºtri21, os estoques semanais de petróleo, os discursos de Thomas Barkin e Esther George do Fed.