Davos 2025 começa nesta segunda (20); o que é o fórum tão aguardado pelo mercado?
O Fórum Econômico Mundial (WEF), na cidade de Davos, na Suíça, começou hoje (20) e termina na sexta-feira (24). O evento reúne autoridades de diversos países do mundo, entre chefes de estado, CEOs e representantes das principais economias do mundo.
Ao longo dos dias do fórum, as lideranças discutem a situação econômica global e como enfrentar os desafios. O Brasil, no entanto, não confirmou presença neste ano.
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Em 2023, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad participou do fórum. Contudo, no último ano, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi a representante do Brasil. Sem a presença de Haddad em 2024, ele se tornou o primeiro ministro da Fazenda a faltar em mais de uma década.
Para este ano, as principais pautas incluem os conflitos geopolíticos, a estimulação do crescimento econômico e a transição energética. Além disso, com o tema de “Colaboração para a era inteligente”, o fórum aborda os impactos mundiais da tecnologia.
É possível acompanhar a transmissão do Fórum Econômico Mundial simultaneamente através das redes sociais do evento. O encontro iniciou às 15h do horário local (11h BRT), e vai até às 18h30 (14h30).
Guerras e desinformação
Conflitos armados são o principal risco em 2025, segundo uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial divulgada na última quarta-feira (15). O levantamento mostra que quase um em cada quatro dos mais de 900 especialistas consultados colocaram os conflitos, incluindo guerras e terrorismo, como o risco mais severo ao crescimento econômico para o ano.
Além disso, pelo segundo ano consecutivo, a informação equivocada e a desinformação lideraram a perspectiva de risco de curto prazo do Relatório de Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial.
“Ao entrarmos em 2025, a perspectiva global está cada vez mais fragmentada em domínios geopolíticos, ambientais, sociais, econômicos e tecnológicos”, afirma o relatório.
De acordo com o levantamento, 52% dos especialistas preveem uma perspectiva global instável no curto prazo, uma proporção semelhante à da pesquisa do ano anterior. Já 31% espera turbulência, com 5% prevendo uma perspectiva “tempestuosa” para os próximos dois anos.
No prazo de 10 anos, o cenário se intensifica ainda mais, com 62% dos entrevistados esperando tempos tempestuosos ou turbulentos.
“Essa perspectiva de longo prazo permaneceu semelhante aos resultados da pesquisa do ano passado, em termos de seu nível de negatividade, refletindo o ceticismo dos entrevistados de que os mecanismos sociais e as instituições governamentais atuais são capazes de navegar e consertar a fragilidade gerada pelos riscos que enfrentamos hoje”, continuou o relatório.
*Com informações da Reuters