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Davos 2023: Kuroda promete manter política monetária ultrafrouxa do BC do Japão

20 jan 2023, 10:02 - atualizado em 20 jan 2023, 10:02
Haruhiko Kuroda
O núcleo dos preços ao consumidor do Japão subiu 4% em dezembro em relação ao ano anterior, o dobro da meta de 2% do banco central (Imagem: Crédito obrigatório Kyodo/via REUTERS)

O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, disse nesta sexta-feira que o banco central vai manter sua atual política monetária “extremamente acomodativa” para atingir sua meta de inflação de 2% de maneira estável e sustentável.

“Nossa esperança é que os salários comecem a subir, e isso pode fazer com que nossa meta de inflação de 2% seja atingida de maneira estável e sustentável. Mas temos que esperar” por algum tempo, disse ele em um painel no Fórum Econômico Mundial.

Kuroda disse que a decisão do Banco do Japão de ampliar a faixa em torno do rendimento do título de 10 anos foi “perfeitamente correta”, deixando de lado as críticas de que o movimento não conseguiu eliminar as distorções do mercado e, em vez disso, fomentou especulações de ajustes adicionais em sua política de controle da curva de rendimento.

O núcleo dos preços ao consumidor do Japão subiu 4% em dezembro em relação ao ano anterior, o dobro da meta de 2% do banco central, atingindo uma nova máxima de 41 anos e mantendo vivas as expectativas do mercado de que o banco central pode eliminar gradualmente os juros ultrabaixos.

Kuroda disse que o aumento da inflação em dezembro foi causado em grande parte pelos custos mais altos de importação, acrescentando que a inflação ao consumidor deve começar a desacelerar a partir de fevereiro e ficará abaixo de 2% em média no ano fiscal que começa em abril.

“Em suma, a política do governo, junto com a política extremamente acomodativa do Banco do Japão, teve sucesso em mudar a estrutura econômica do Japão e as perspectivas de crescimento”, disse ele.

“Mas nossa meta de inflação de 2% não foi alcançada de maneira sustentável e estável”, disse ele.

“Esse é o único arrependimento que tenho”, disse Kuroda, falando sobre sua década no comando do banco central japonês, que terminará quando seu mandato expirar em abril.

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