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Das certezas da vida, os impostos: Reforma tributária, dividendos da Petrobras, Threads vs Twitter e outros destaques do dia

06 jul 2023, 8:23 - atualizado em 06 jul 2023, 8:25
A primeira votação da proposta de reforma tributária na Câmara está prevista para a noite de hoje.

Há somente duas certezas na vida. Pelo menos é o que costumam dizer os sábios. Uma delas é a morte. A outra são os impostos. E se tem uma com a qual brasileiro tem familiaridade, mesmo sem querer, é com o pagamento de impostos, tributos e taxas diversas.

Para além da certeza praticamente unânime de que pagamos impostos demais, o sistema tributário brasileiro é considerado especialmente perverso, pois famílias de renda mais baixa gastam proporcionalmente mais do que quem fatura milhões na hora do acerto com o fisco.

Por essas e outras, pressões por uma reforma tributária são contínuas, mas raramente saem do papel. Houve ajustes pontuais ao longo das últimas décadas, é verdade. Mas a última reforma tributária digna dessa nomenclatura ocorreu há mais de meio século.

Agora a hora parece ter chegado. Depois de muita negociação envolvendo governadores, prefeitos, deputados, senadores, empresários, governo federal e até parte da oposição, uma proposta de reforma tributária finalmente entrou na pauta do Congresso Nacional.

A primeira votação na Câmara está prevista para a noite de hoje. A questão, dizem em Brasília, é que o presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL), jamais colocaria a reforma em pauta sem a certeza da vitória.

“Essa é uma proposta que não tem viés político nenhum, é estrutural”, garantiu por sua vez o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da proposta.

Ontem, Ribeiro apresentou um novo relatório com mudanças relevantes. O texto propõe zerar a tributação sobre os produtos da cesta básica e acomoda uma série de demandas dos governadores. A essência da reforma, no entanto, foi mantida.

A proposta é unificar cinco tributos (IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS) em dois impostos: o IBS (municipal e estadual) e a CBS (federal). Ambos passam a valer em 2026, com prazo de transição até 2033.

É claro que ninguém está totalmente satisfeito. Mas negociação é isso. O desafio maior dos envolvidos é chegar a um texto final que realmente racionalize a tributação sem romper o pacto federativo vigente.

Diante da iminência da primeira reforma tributária no Brasil em quase 60 anos, os ativos financeiros locais têm uma chance de se manter descolados da maré vermelha que se apodera dos mercados internacionais em meio a temores relacionados à desaceleração da economia global.

Para ficar por dentro de como tudo isso vai mexer com seus investimentos hoje, você precisa acompanhar a cobertura de mercados do Seu Dinheiro. 

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