Dano externo da vaca louca foi reduzido, mas boi não deve andar no curto prazo
A pronta resposta da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE, da sigla em inglês), reconhecendo os casos de vaca louca atípicos, e a disposição chinesa em aceitar o diagnóstico – pelo menos o Mapa assim sinalizou e disse que haveria uma reunião bipartite nesta terça (7) -, reduz os danos às exportações de carne bovina.
Mas sem negócios neste feriado, a semana mais curta, de apenas três dias úteis, não deverá mostrar qualquer resultado positivo nas vendas externas.
Não há projeções também de melhora do mercado físico, pois também a oferta de boi tratado intensivamente atende as necessidades mínimas dos frigoríficos. “Também muita gente vendeu às pressas com a seca e as geadas”, adianta Júnior Sidoni, pecuarista pantaneiro, destacando principalmente os casos nos quais o produtor não tinha capital para suportar os custos das rações.
Na segunda, o feriadão informal, mais a ressaca dos casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina, não deram liquidez ao mercado, como se esperava depois dos dois últimos dias da semana anterior de comercialização zero.
O Cepea finalizou ontem em R$ 305 e as referências da Scot e da Agrifatto, respectivamente, em R$ 303,50 e R$ 308, todos iguais à sexta e válidos para São Paulo.
Também não se espera que o final de semana esticado tenha promovido melhora substancial nas vendas internas que pudessem suscitar volta às compras mais volumosas pelos frigoríficos.
O momento é de paciência. Na maioria das praças a expectativa é de em setembro ainda os frigoríficos terão espaço para pressionar.
Até mesmo suportar pequenas altas, se houverem, já que o spread das empresas veio melhor em agosto e ganhou mais fôlego com a derretida da @ nos primeiros dias do mês.
Do dia 31 até sexta, o indicador do Cepea perdeu mais de R$ 10 nas praças paulistas.